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    Baixa qualidade da conexão à internet barra adesão à nuvem

    BRUNO LEE
    DE SÃO PAULO

    23/10/2016 02h00

    SXC
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    Os serviços na nuvem -ferramentas de armazenamento e gestão que podem ser acessadas pela internet- ainda não caíram nas graças das pequenas e médias empresas.

    Mais da metade das companhias desse porte (69%) não utiliza o serviço. É o que mostra levantamento da AMI Partners com 251 responsáveis por compras na área de tecnologia. A pesquisa foi feita a pedido da Intel, fabricante de microprocessadores.

    Para Fábio de Paula, diretor da Intel para o mercado corporativo, a baixa qualidade da conexão à internet no Brasil ajuda a explicar por que os empresários não aderiram ao serviço.

    Além disso, diz, há uma "curva de adoção", tempo que uma tecnologia leva para se difundir. "Não é do dia para a noite. É preciso fazer um novo investimento, estudar e saber qual é a melhor opção para cada caso."

    Segundo ele, no entanto, é uma "onda sem volta". Isso porque uma das vantagens é a redução de custos, pois não há gastos com manutenção.

    "O empresário não precisa montar um 'datacenter' próprio. Transforma o que seria um grande investimento em despesa de operação", diz Rodrigo Tafner, coordenador do curso de Sistemas de Informação em Comunicação e Gestão da ESPM.

    Outra vantagem é poder contar com um sistema de segurança mais robusto. "É uma questão de lógica. Se ocorre o vazamento de dados de um site, a companhia que oferece o serviço coloca sua imagem em risco", diz Tafner.

    Na LocalChef, plataforma que conecta consumidores a chefs caseiros e a pequenos restaurantes, a hospedagem do site e a ferramenta de chat com clientes e cozinheiros, por exemplo, rodam na nuvem desde o começo da operação, há seis meses.

    Celso Misaki, um dos sócios, estima que o custo mensal das licenças de uso varia de US$ 2.000 a US$ 2.500. Se a estrutura fosse construída "em casa", o gasto inicial poderia chegar a US$ 25 mil.

    "As pequenas e médias empresas podem ter acesso aos mesmos benefícios das grandes por um preço acessível", diz Priscila Siqueira, vice-presidente da Oracle Digital América Latina, divisão de serviços na nuvem.

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