23.jun.2010/AFP | ||
Mina de minério de ferro da BHP Billiton em Newman, na Austrália |
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Mercado
Friday, 03-May-2024 13:21:19 -03Mineradora promete que metade da sua mão de obra será feminina
DO 'FINANCIAL TIMES'
23/10/2016 02h00
A anglo-australiana BHP Billiton se tornou a primeira grande mineradora mundial a adotar uma meta de ter metade de sua mão de obra composta por mulheres até 2025.
A medida chama a atenção porque o setor é famoso pela falta de representatividade feminina, até mesmo nos conselhos de direção. Um estudo de 2015, com 500 mineradoras, mostrou que 8% dos diretores nos conselhos eram mulheres –a brasileira Vale não tem nenhuma, de acordo com o levantamento.
Na BHP, as mulheres representam atualmente 17,6% da sua mão de obra –elas são 18,5% na rival e também anglo-australiana Rio Tinto.
A mineradora, que é parceira da Vale na Samarco (responsável pela barragem que rompeu na cidade mineira de Mariana), afirmou que decidiu ir contra a tendência do setor –e estabelecer uma meta ambiciosa– porque "chegou a hora de termos uma conversa diferente".
"Se continuássemos no ritmo anual, levaríamos mais 30 anos para a participação feminina alcançar 30%", disse Athalie Williams, diretora de pessoal da companhia.
Mais importante, segundo Williams, é que o objetivo faz sentido para os negócios.
Levantamento feito pela BHP em suas diversas operações mostrou que ambientes com maior diversidade são mais bem-sucedidos, não só em termos de produtividade mas também de segurança.
Com esses dados de sucesso na mão, o conselho da empresa mostrou pouca resistência em acelerar os esforços pela diversidade.
E o caso da BHP não é único. Estudo da consultoria McKinsey indicou que as empresas europeia com maior diversidade de gênero têm 15% de chance de obter um retorno financeiro superior ao da mediana das suas respectivas indústrias nacionais.
"A correlação indica que empresas que se comprometem a diversificar a liderança são mais bem-sucedidas", diz Emma Gibbs, da McKinsey.
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