A expectativa de mais um Natal fraco tem feito com que as empresas não invistam na produção para atender à demanda típica das festas de final de ano. Isso pode criar um cenário de falta de produtos, na avaliação do presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial.

"Não estou dizendo que vai ser um Natal exuberante, mas os estoques estão muito baixos", disse ao justificar que qualquer aumento de demanda criaria essa escassez, ainda que pontual. Segundo Rial, há um desalinhamento de expectativas para esse período do ano.

Uma das justificativas é o aumento da disposição dos bancos para oferecer crédito. O Santander informou nesta quarta-feira, em sua divulgação de resultados, que os empréstimos para pessoa física avançaram 6,8% em um ano, para R$ 88,44 bilhões no trimestre encerrado em setembro.

O executivo disse ainda que os bancos devem repassar ao consumidor a redução da taxa de juros, um caminho para estimular a retomada do crédito. Na semana passada, o Banco Central reduziu a taxa básica de juros da economia de 14,25% para 14%, o primeiro corte em quatro anos.

"Os bancos vêm com carteiras de crédito sem nenhum crescimento. Existe apetite para crescer, acho que vai existir interesse em repassar", afirmou.