• Mercado

    Tuesday, 07-May-2024 06:34:53 -03

    Chanceler alemã cobra transparência de Facebook e Google

    NELSON DE SÁ
    DE SÃO PAULO

    27/10/2016 19h38

    John MacDougall/AFP
    German chancellor Angela Merkel of the Christian Democratic Union (CDU) speaks during a press conference one day after regional election polls in Berlin on September 19, 2016. The Christian Democratic Union (CDU) party was reeling after another stinging poll loss, as an upstart populist party poached votes in a Berlin state election by railing against her liberal refugee policy. / AFP PHOTO / John MACDOUGALL
    Chanceler alemã, Angela Merkel

    A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que os algoritmos usados pelas grandes plataformas de internet, "quando não são transparentes, podem levar a uma distorção da nossa percepção, podem estreitar a nossa amplitude de informações".

    A declaração foi dada durante a conferência de jornalismo Medientage, que terminou nesta quinta (27) em Munique, na Alemanha. Participaram executivos como Mark Thompson, presidente-executivo do "New York Times", e cientistas como Wolfgang Wahlster, do Centro Alemão de Pesquisas sobre Inteligência Artificial.

    Para Merkel, os algoritmos, as fórmulas usadas pelas plataformas para selecionar o que apresentam ao usuário, "devem ser transparentes, para que as pessoas possam se informar, como cidadãos interessados, sobre questões como: 'O que influencia o meu comportamento e o de outros na internet?'".

    Sem citar diretamente Facebook e Google, ela afirmou que "as grandes plataformas de internet, através dos algoritmos, tornaram-se um buraco de agulha que diversos meios de comunicação precisam atravessar para alcançar os seus usuários".

    Trata-se de um desenvolvimento "ao qual é preciso prestar muita atenção", segundo a chanceler alemã, porque a saúde da democracia requer que os cidadãos sejam confrontados por ideias diferentes.

    Falando depois à revista "Der Spiegel", o porta-voz de política para internet do partido de Merkel declarou que "a chanceler certamente não quis dizer que as empresas devem divulgar segredos comerciais, mas que precisamos de mais informações dos operadores, como o Facebook, sobre como seus algoritmos funcionam de um modo geral".

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024