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    Ambev tem alta de 3,6% no lucro do 3º trimestre

    DA REUTERS

    28/10/2016 08h55 - Atualizado às 09h46

    Rogério Assis/Folhapress
    Sistema de fabricação a partir de gotas de vidro em planta da Ambev no Rio de Janeiro (RJ)
    Sistema de fabricação a partir de gotas de vidro em planta da Ambev no Rio de Janeiro (RJ)

    A companhia de bebidas Ambev teve lucro líquido ajustado de cerca de R$ 3,2 bilhões no terceiro trimestre, crescimento de 3,6% sobre o desempenho apresentado no mesmo período de 2015.

    A empresa apurou geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de aproximadamente R$ 4 bilhões de julho a setembro, uma queda de quase 20% no comparativo anual.

    "O terceiro trimestre provou ser o mais difícil trimestre de um ano já muito desafiador", afirmou a companhia, acrescentando estar "profundamente desapontada" com a queda de Ebitda no Brasil, de 31,3% no terceiro trimestre, que pressionou o resultado consolidado.

    A receita líquida de cerveja no Brasil da empresa caiu 5,3% e média de participação de mercado no período diminuiu em relação ao ano anterior, embora tenha melhorado ante o segundo trimestre, disse a Ambev, afirmando que retornou ao seu intervalo histórico de participação de mercado e ao melhor nível de participação de mercado no ano.

    De acordo com a companhia, a redução de 1,2% na receita líquida por hectolitro (ROL/hl) ocorreu principalmente pela decisão de implementar ajustes de preço no quarto trimestre deste ano, comparado ao terceiro trimestre no ano passado.

    O grupo, que integra a maior cervejaria do mundo AB InBev, informou que não espera mais atingir meta de receita líquida estável no Brasil neste ano "dado o ambiente de fraco volume da indústria e uma difícil base de comparação da receita por hectolitro com o quarto trimestre de 2015".

    Na divulgação do resultado do segundo trimestre, a perspectiva para a receita líquida no Brasil havia sido cortada para estabilidade ante estimativa anterior de crescimento entre "um dígito médio e um dígito alto" (algo como 5% a 9%).

    A Ambev afirmou ainda que prevê que o custo de produtos vendidos no Brasil, seu principal mercado, cresça entre "um dígito médio e um dígito alto no ano", algo em torno de 5% a 9% e que as despesas gerais e administrativas no país subam "um dígito baixo" neste ano.

    Os investimentos do grupo no Brasil devem encerrar o ano em patamar menor que o de 2015. Nos primeiros nove meses do ano, a Ambev investiu no país R$ 1,4 bilhão.

    Na visão de analistas do UBS, investidores devem ficar desapontados com o resultado e devem estar interessados em ouvir mais sobre os planos da Ambev para compensar as dificuldades em relação a custos e demandas.

    A companhia disse que vem impulsionando iniciativas dentre suas plataformas comerciais, buscando fortalecer o negócio de maneira estrutural.

    INTERNACIONAL

    Nas operações internacionais, a região América Central e Caribe teve alta de 9% no Ebitda, outro trimestre de forte desempenho da receita líquida, com ganhos de participação de mercado em todos os principais países que opera na região.

    Na América Latina Sul, o Ebitda subiu 22,6%, com o cenário adverso na Argentina sendo compensado por estratégia de gestão da receita e disciplina de custos no país, "junto com um sólido desempenho de volume em outros importantes mercados da região, como Bolívia, Chile e Paraguai.

    No Canadá, o Ebitda caiu 7,4%, pressionado pelo impacto negativo de mix no custo de produtos vendidos, embora a receita líquida tenha ainda se beneficiado de aquisições estratégicas.

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