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    Japão afunda em deflação apesar das medidas do banco central do país

    DA AFP

    28/10/2016 09h35

    Kazuhiro Nogi/AFP
    Presidente do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda: medidas não contiveram deflação
    Presidente do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda: medidas não contiveram deflação

    Os dados publicados nesta sexta-feira (28) no Japão indicam preços em queda livre e um consumo das famílias que segue baixando, confirmando a fraqueza da economia japonesa poucos dias antes de uma reunião do banco central do país.

    O Banco do Japão, que na terça-feira publicará suas novas previsões, pode adiar novamente o objetivo de alcançar uma inflação de 2%.

    Quando Haruhiko Kuroda assumiu o comando da instituição, no início de 2013, sonhava em alcançar a meta em dois anos. Mas, atualmente, o objetivo parece muito distante: os preços ao consumidor, excluindo os produtos perecíveis, caíram em setembro pelo sétimo mês consecutivo (-0,5% em ritmo anual).

    Embora a situação possa melhorar com o aumento recente dos preços do petróleo e com o fortalecimento do dólar em relação ao iene, segundo os analistas, o objetivo do Banco do Japão de alcançar seu objetivo em 2018 é pouco realista.

    "Parece provável um novo adiamento, que seria o quarto desde que o banco central começou sua política acomodatícia", explicou a consultora britânica Capital Economics em uma nota.

    Apesar dos dados ruins, os economistas não esperam novas medidas do banco central japonês para apoiar a economia e apenas uma pequena proporção dos analistas perguntados pela Bloomberg preveem decisões na próxima semana.

    Não apenas as empresas hesitam em investir, mas as residências também não são otimistas, com uma queda do consumo de 2,1% em setembro após outra de 4,6% em agosto.

    Yasunari Ueno, chefe economista da Mizuho Securities, disse recentemente que a economia foi afetada pelos seis tufões de agosto e setembro e que pode melhorar nos próximos meses, embora não acredite em milagres. "O consumo das famílias não se converterá no motor de crescimento que a economia precisa", afirma.

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