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    Países europeus investigam WhatsApp e Yahoo! sobre proteção de dados

    DO "FINANCIAL TIMES"

    29/10/2016 02h00

    Fernanda Carvalho/Fotos Públicas
    São Paulo 03/05/2016 Desembargador do Tribunal de Justiça de Sergipe revogou a proibição do WhatsApp no Brasil. Foto Fernanda Carvalho/Fotos Publicas ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    Itália e França lançaram investigações sobre os apps de mensagens do Yahoo! e do Facebook

    Itália e França lançaram investigações sobre os apps de mensagens do Yahoo! e do Facebook, depois que as autoridades de proteção à privacidade de dados da União Europeia expressaram "sérias preocupações" sobre a forma pela qual as empresas de tecnologia tratam das informações sobre seus usuários.

    A UE pressiona as empresas do Vale do Silício para que expliquem de que maneira usam os dados que detêm sobre seus clientes, depois que o WhatsApp mudou suas normas de privacidade a fim de possibilitar o acesso do Facebook, que o controla, aos dados de seus clientes, e que o Yahoo! Mail sofreu o que é visto como a maior violação de confidencialidade de dados de todos os tempos.

    Isabelle Falque-Pierrotin, presidente da comissão francesa de informática e liberdade, criticou o WhatsApp por revelar dados ao Facebook mesmo tendo declarado que não o faria, quando de sua aquisição pela empresa, em 2014. "Essas mudanças foram introduzidas em contradição às declarações das duas empresas no sentido de garantir que esse compartilhamento jamais aconteceria."

    Falque-Pierrotin, que preside o grupo de trabalho da UE sobre a proteção de dados, enviou cartas ao presidente-executivo do WhatsApp, Jan Koum, e à presidente-executiva do Yahoo!, Marissa Mayer, exigindo mais detalhes e pedindo que eles colaborem com as agências nacionais de proteção de dados.

    O WhatsApp anunciou em agosto que permitiria que sua controladora tivesse acesso aos dados de seus usuários. As informações, por exemplo números de telefone e tipo de aparelho, agora podem ser usadas para direcionamento de publicidade pelo Facebook. Os usuários do WhatsApp foram notificados da mudança nas normas e receberam prazo de 30 dias para optar por ficar no serviço ou perder o acesso a ele.

    Nesta sexta-feira (28), a agência de defesa da concorrência italiana iniciou uma investigação antitruste sobre o WhatsApp por possível violação das leis de proteção ao consumidor, a fim de estabelecer se o serviço está forçando os usuários a permitir o acesso do Facebook aos seus dados pessoais. As autoridades regulatórias francesas também lançaram uma investigação na sexta-feira.

    O WhatsApp afirmou que está trabalhando com as autoridades de proteção de dados. Procurado, o Yahoo! não se pronunciou.

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