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    Balança comercial tem superavit de US$ 2,3 bilhões em outubro

    LAÍS ALEGRETTI
    DE BRASÍLIA

    01/11/2016 15h44 - Atualizado às 16h11

    Marcos Santos/USP Imagens
    A retração do Brasil puxou o resultado negativo para a economia da América Latina. A expectativa para os países da região é de retração de 0,3% este ano. Para 2017, a previsão é de crescimento de 1,6%.No relatório Perspectiva Econômica Global, o Fundo Monetário Internacional diz que no Brasil a recessão é causada pela incerteza política, em meio às contínuas repercussões das investigações da Operação Lava Jato. O FMI acrescenta que as investigações na Petrobras estão sendo mais profundas e prolongadas do que se esperava.Para o fundo, a economia global deve crescer 3,4% este ano e 3,6% no próximo, dois décimos a menos do que o previsto em outubro.Na atualização feita ao relatório, o FMI justifica a revisão para baixo do crescimento mundial tanto em 2016 quanto em 2017 principalmente com o desempenho econômico dos mercados emergentes e das economias em desenvolvimento, como o Brasil. Fonte ABR - notas de real
    Notas de real

    A balança comercial brasileira apresentou superavit de US$ 2,34 bilhões em outubro, segundo dados divulgados nesta terça-feira (1º) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

    O resultado é o maior para o mês desde 2011, quando o saldo foi positivo em US$ 2,36 bilhões.

    Com o resultado de outubro, o saldo positivo de US$ 38,5 bilhões acumulado nos nove primeiros meses do ano é recorde para o período, de acordo com a série histórica, que começa em 1989.

    O governo espera que a balança comercial encerre o ano com um superavit de US$ 45 bilhões a US$ 50 bilhões. Até aqui, o maior superavit da série histórica do governo é o de 2006, com saldo de US$ 46,5 bilhões.

    "O mês de outubro apresentou exportação mais baixa, mas também importação mais baixa. [...] O mês de dezembro costuma apresentar os maiores superavit para o ano, então mantemos a expectativa de um saldo de US$ 45 bilhões a US$ 50 bilhões", afirmou o diretor do departamento de estatística e apoio à exportação do ministério, Herlon Brandão.

    Em outubro, as exportações somaram US$ 13,7 bilhões, o que representa uma queda de 10,2% em relação ao mesmo mês do ano passado e uma redução de 8,8% ante setembro deste ano. As importações totalizaram US$ 11,4 bilhões, um recuo de 15% ante outubro de 2015 e queda de 0,4% ante setembro.

    No acumulado do ano, tanto as exportações quanto as importações registraram queda na comparação com os dez primeiros meses de 2015. As vendas externas, que ficaram em US$ 153,0 bilhões, caíram 5,1% no período. As comparas caíram 23,1% e ficaram em US$ 114,6 bilhões.

    PETRÓLEO

    A conta petróleo, que leva em conta o comércio de petróleo e derivados, apresentou um superavit de US$ 331 milhões em outubro. "O que tem de comportamento diferente é que é o terceiro superavit mensal seguido. Isso reflete no movimento do ano", afirmou Brandão.

    De janeiro a outubro, o deficit acumulado é de US$ 114 milhões. Se, ao fim do ano, o saldo da conta petróleo deixar de ser negativo, será a primeira vez que isso ocorrerá no resultado anual, segundo Brandão. De janeiro a outubro de 2015, o deficit da conta petróleo somava US$ 4,5 bilhões.

    "O principal motivo [para a redução do deficit da conta petróleo] é a queda de preço: como o Brasil é importador líquido, quando cai o preço, o deficit reduz. Segundo, tem aumento do volume exportado e, terceiro, a redução do consumo interno por conta da menor atividade econômica. São os principais fatores", explicou.

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