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    Meirelles muda discurso e diz aprovar nova rodada de repatriação

    BRUNO FÁVERO
    DE SÃO PAULO

    01/11/2016 19h45

    O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta terça-feira (1) ser a favor da reabertura do programa de regularização de recursos mantidos no exterior proposta pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB).

    "Para a Fazenda, quanto mais receita, melhor. Não temos nada contra um novo round", afirmou o ministro, para quem o programa foi "muito bem sucedido".

    Na quinta-feira (27), Meirelles havia dito que não via necessidade de abrir uma nova fase do programa.

    Nesta terça, porém, o presidente do Senado afirmou que, após combinar com o governo de Michel Temer, irá encaminhar ao Congresso a proposta de reabrir a repatriação no ano que vem.

    Na primeira fase, cujo prazo para adesão se encerrou nesta segunda (31), o governo arrecadou R$ 50,9 bilhões em multas e impostos, dos quais cerca de R$ 38 bilhões ficam com.o governo federal —o resto será distribuído aos Estados.

    Desse dinheiro, mais da metade será usado para quitar dívidas do governo anterior, disse o ministro. Outra parte, menor, será usada para que o país cumpra a meta fiscal neste ano, que prevê um deficit de R$ 170 bilhões.

    "[Esse valor arrecadado] mostra que a ideia da repatriação foi acertada e também que há confiança nas instituições do país", afirmou Meirelles após palestra em evento na sede da Fiesp, em São Paulo.

    O programa de repatriação foi proposto ainda durante a gestão Dilma Rousseff (PT).

    REFORMAS

    Discursando para uma plateia composta por empresários, o ministro voltou a defender medidas como a reforma da Previdência e a reforma de leis trabalhistas. Ele também disse acreditar na aprovação no Senado da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que estabelece um teto de gastos para a União.

    "Não acho que terá mais resistência do que teve na Câmara, onde a PEC foi aprovada em dois turnos por ampla maioria", afirmou o ministro, para quem a medida seria "uma revolução", que ajudaria o país a sanear suas contas.

    Os gastos do governo e os efeitos da PEC do Teto

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