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    Onda de fusões aquece mercado de dívida empresarial

    DO "FINANCIAL TIMES"

    03/11/2016 02h00

    Mark Lennihan/AP Photo
    Presidente do Netflix afirmou ser a favor da compra da Time Warner pela AT&T
    AT&T anunciou compra da Time Warner por mais de US$ 85 bilhões

    Uma disparada no número de grandes fusões e aquisições forneceu munição ao mercado de títulos de dívida empresariais e gerou aceleração ainda maior em um ano que já estava a caminho de um recorde de emissões.

    Executivos financeiros e investidores estão diante de uma onda de potenciais emissões de títulos para financiar fusões envolvendo empresas como a gigante da telefonia AT&T, a fabricante de chips Qualcomm, o grupo de fibra óptica CenturyLink e a fabricante britânica de cigarros British American Tobacco, todas as quais se preparam para emitir papéis de dívida.

    O montante das fusões e aquisições cujo financiamento ainda não foi concluído caiu para US$ 246 bilhões no final de setembro, ante mais de US$ 900 bilhões no final de 2015, de acordo com os estrategistas de crédito do Bank of America Merrill Lynch.

    O número subiu 87% desde então, para US$ 460 bilhões, depois do anúncio de uma série de novas transações. As vendas de títulos de dívida, que serão concluídas em 2017, servirão para reabastecer o estoque bastante reduzido de títulos de dívida ainda disponíveis para venda, depois que os bancos concluíram o financiamento da maioria das grandes transações deste ano e de 2015.

    A aquisição da Time Warner pela AT&T, em uma transação de US$ 85 bilhões, incluiu um empréstimo-ponte de US$ 40 bilhões do JPMorgan e do Bank of America, um financiamento que posteriormente será substituído pela emissão de títulos de dívida de prazo mais longo.

    A GE deve recorrer aos investidores em títulos para sua fusão com a Baker Hughes, e a CenturyLink anunciou que emitiria US$ 7 bilhões em títulos para bancar a aquisição da Level 3 Communications.

    As maiores vendas de títulos empresariais do ano –que incluem uma emissão de US$ 46 bilhões pela Anheuser Busch InBev e uma de US$ 20 bilhões pela Dell, ambas para bancar aquisições– foram absorvidas facilmente pelos administradores de fundos, que vêm recebendo muito capital para investir.

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