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    Municípios devem fazer reformas para melhorar situação fiscal, diz Tesouro

    MAELI PRADO
    DE BRASÍLIA

    04/11/2016 12h57

    Eduardo Knapp/Folhapress
    SAO PAULO, SP, BRASIL, 28-10-2016: Para Domingo. Entrevista exclusiva para a FOLHA com o Ministro da Fazenda, Sr Henrique Meirelles,no escritorio do Banco do Brasil na Av Paulista (Foto: Eduardo Knapp/Folhapress, PODER).
    O Ministro da Fazenda Henrique Meirelles, em entrevista para a Folha

    O superávit primário (receitas menos despesas antes do pagamento de juros) dos maiores municípios brasileiros recuou de R$ 18,9 bilhões em 2012 para R$ 2,9 bilhões em 2015, o que deixa claro as dificuldades fiscais que as cidades brasileiras vivem, afirmou o Tesouro Nacional em relatório divulgado nesta sexta-feira (4).

    O boletim detalha as contas dos 146 municípios com mais de 200 mil habitantes.

    De acordo com o documento, o Tesouro recomenda uma melhora nas contas dos municípios através de ajustes e reformas, como a da Previdência Social, Lei de Responsabilidade Fiscal e nova Lei de Finanças Públicas.

    "Os dados confirmam a dificuldade que os entes subnacionais vivenciam. Nesse sentido, a busca pelo equilíbrio fiscal não é primazia da União", diz o relatório. "O boletim aponta para a necessidade de consolidação fiscal por meio de ajustes estruturais, em todos os níveis federativos, de sorte a permitir que o Brasil reinicie um ciclo virtuoso de crescimento".

    SÃO PAULO

    São Paulo é a capital com o maior nível de endividamento do Brasil, de acordo com o relatório.

    A relação entre dívida consolidada e receita corrente líquida da cidade é de 204,3%, muito acima do segundo colocado no ranking, o Rio de Janeiro (RJ), com um índice de 87,73%. A capital menos endividada é Macapá (AP), com 0,22%.

    Esse índice é considerado o melhor para avaliar o nível de endividamento do município.

    A capacidade de pagamento da cidade de São Paulo foi estimada no relatório como C+, ou seja, pelos critérios do Tesouro a cidade não é autorizada a realizar novos empréstimos com juros mais baixos com organismos internacionais, por exemplo.

    Da dívida de São Paulo, 84% é com a União, e 14,7% são referentes a precatórios.

    Quando o assunto é autonomia fiscal, ou seja, o quanto os municípios são dependentes das Receitas dos estados e da União, a relação olhada pelo Tesouro Nacional é a arrecadação própria dividida pelas receitas totais da cidade.

    Nesse caso, São Paulo aparece em primeiro lugar, com 70% de arrecadação própria. Em segundo lugar vem Florianópolis (SC) e depois Curitiba (PR).

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