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    Especialistas ensinam a turbinar vendas on-line na Black Friday

    ANNA RANGEL
    EVERTON LOPES BATISTA
    DE SÃO PAULO

    07/11/2016 02h00

    Zanone Fraissat/Folhapress
    Consumidores vão às compras em loja das Casas Bahia na rua Xavier de Toledo, no centro da capital paulista durante a Black Friday
    Consumidores vão às compras em no centro da capital paulista durante a última Black Friday

    A Black Friday, data em que o comércio oferece promoções e descontos, acontece na última sexta-feira do mês (25) e deve movimentar R$ 2,1 bilhões em 2016 -alta de 34 % ante o total das vendas no ano passado.

    A estimativa é da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), órgão que monitora os e-commerces.

    Problemas comuns das lojas on-line que podem atrapalhar a performance são a queda do site, causada pelo alto fluxo de visitantes, a má gestão do estoque e a logística.

    Aqui, especialistas em comércio eletrônico orientam as empresas para que evitem gafes e aproveitem a data.

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    ANTES DO CLIQUE
    Como atrair mais internautas

    QUANTO E O QUÊ
    Os descontos podem ser agressivos, mas não a ponto de causar prejuízo, segundo Godinho. Usar a data para saldar produtos encalhados pode ser outra furada -já que o público parece não gostar muito deles. A ideia é também potencializar os campeões de vendas, como planeja a empresária Leila Cury, 58, da Casas & Afins, de artigos para espaços gourmet. Ela identificou itens queridinhos e aposta na venda de adicionais (com desconto menor), para bater sua meta de 10% a mais nas vendas em relação a 2015

    LEVA E TRAZ
    Depois da venda, o principal desafio das lojas virtuais é entregar os pedidos no prazo combinado. O pior: a solução do problema não depende só do empresário, mas dos Correios e da transportadora contratada. Um truque comum dos e-commerces é acrescentar pelo menos um dia a mais na entrega, como margem de manobra caso algo dê errado. Essa é a tática do engenheiro Mauro Tschiedel, 37, dono de uma loja de equipamentos de informática que opera a partir de Santo Ângelo (RS), mas tem em SP e no Rio seus maiores mercados

    VISIBILIDADE
    Ao contrário da loja física, a virtual fica numa "rua sempre vazia", segundo a consultora do Sebrae Cássia Godinho, já que ela depende de divulgação para atrair internautas. Vale anunciar em buscadores, redes sociais e fazer parcerias com blogueiros. A empresária Thais Scavassa, 30, da loja de artigos infantis Leão Leãozinho, aposta no Instagram. Na última Black Friday, segundo diz, ela faturou o equivalente a um mês. Para esse ano, ela vai repetir a estratégia e apelar para a rede

    SEGURANÇA
    O fornecedor web deve ser acionado o quanto antes para modular a capacidade do site de acordo com as visitas estimadas e evitar quedas na Black Friday, afirma Rolim, do camara-e.net.
    É preciso cuidado para não induzir o cliente ao erro ao incluir os preços e elaborar os anúncios na página, recomenda o advogado e especialista em direito do consumidor Vinícius Zwarg. A disparidade entre o anúncio e o preço final pode causar multa para o e-commerce

    PLANEJAMENTO
    Antes de estabelecer uma estratégia para o dia D, o empreendedor deve estimar os gastos com marketing, custos para ampliação do servidor do site e selecionar o mix de produtos que serão ofertados. Todos esses aspectos têm resultado direto no poder de atrair clientes ao e-commerce.
    Já a negociação com os fornecedores deve ser feita o quanto antes para garantir bons preços, de acordo com o diretor de marketing da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, Gerson Rolim

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