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    Start-up cria site que compara preço de frete internacional

    DIMMI AMORA
    DE BRASÍLIA

    07/11/2016 02h00

    Uma plataforma internacional de negociação de preços de fretes internacionais começou a operar no Brasil.

    Semelhante a sites que buscam melhores preços de passagens aéreas, a start-up Gurucargo promete encontrar o melhor custo de frete para cargas de importação e exportação, considerando o valor ou o tempo de chegada, para qualquer lugar do mundo.

    Para isso, cobra comissão de 1% por frete.

    A empresa já está em operação no Uruguai e no México desde 2015, com 3.000 clientes. Segundo um de seus fundadores, Alejandro Esperanza, ela pretende ser a maior da América Latina e, por isso, veio para o Brasil, onde estima conquistar mil clientes até o próximo ano.

    Esperanza diz que a plataforma é positiva para pequenas e médias empresas que, no Brasil, dizem não conseguir exportar em razão do custo do frete e da burocracia.

    "Em média, os clientes ganham 20% usando a plataforma", afirma Esperanza.

    Adriano Vizoni - 11.jul.2012/Folhapress
    Porto de Itajaí (SC); start-up desenvolveu plataforma para calcular preço de frete na exportação
    Porto de Itajaí (SC); start-up desenvolveu plataforma para calcular preço de frete na exportação

    Segundo dados do Sebrae, o número de pequenas e médias empresas exportadoras no Brasil ainda é pequeno, 23,1 mil em 2015, o que representa menos de 0,5% desse tipo de companhia.

    Em pesquisas qualitativas feitas pelo serviço, os empreendedores apontaram a logística como um dos problemas para a exportação.

    A Paraíso Moda Bebê, confecção de Terra Roxa (PR), começou a testar exportações oito anos atrás para países com fronteira e neste ano conseguiu fazer a primeira remessa, de 3.500 peças, para EUA e Canadá.

    Rafael Francisco Carvalho, diretor administrativo, conta que na estrutura para a exportação a logística é a principal preocupação. Segundo ele, a exportação deste ano acabou usando aviões em razão da dificuldade de ter carga suficiente para enviar por navio, que é mais barato.

    "O marítimo demora mais porque eu tenho de compartilhar carga e teria de esperar outros para fechar um contêiner", diz Carvalho.

    De acordo com o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, a exportação para pequenas empresas é cara e burocrática, algo que o governo tenta simplificar com o "Simples Internacional", que permite a criação de um tipo de companhia para se responsabilizar pelo processo.

    "Com isso, ele economiza e ganha tempo para cuidar de seu negócio", disse Afif.

    Outra reclamação comum de empresas, principalmente pequenas, é sobre cobranças não previstas que muitas vezes criam custos superiores aos que foram orçados no início, afastando as empresas de fazer novas exportações. Segundo Esperanza, a plataforma on-line fixa o valor negociado para o cliente.

    A start-up uruguaia recebeu aporte de US$ 1,3 milhão (R$ 4 milhões) para iniciar a operação.

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