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    Impacto de Trump na Petrobras, se houver, é de curto prazo, diz diretoria

    LUCAS VETTORAZZO
    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    10/11/2016 20h50

    A diretoria da Petrobras evitou mensurar o impacto, na companhia, da gestão de Donald Trump na presidência dos EUA.

    A petroleira brasileira tem uma refinaria no país (Pasadena, na Califórnia), e explora petróleo no Golfo do México. A empresa também exporta petróleo bruto e eventualmente GNL (Gás Natural Liquefeito) para os EUA.

    A indústria do petróleo ficou animada com a eleição de Trump, que defendeu a redução da burocracia e o aumento da produção de óleo e gás no país.

    Por outro lado, estrangeiras temem um protecionismo que Trump poderá adotar, no sentido de dar prioridade de licenças a empresas locais.

    Independentemente do rumo que o presidente eleito adotará, a Petrobras não espera grandes impactos, pelo menos não com os sinais dados pelo republicano até o momento.

    O diretor financeiro da empresa, Ivan Monteiro, disse ser cedo para mensurar o impacto, mas afirmou que no curto prazo a petroleira sentiu a volatilidade dos mercados, do dólar e dos títulos do tesouro americano.

    "É muito cedo ainda para apostar em determinada tendência, mas a volatilidade aumentou muito nos últimos dias e é o que podemos esperar para mais adiante. Só saberemos melhor quando ele compuser a equipe, surgirem os nomes", disse Monteiro.

    A diretora de Exploração e Produção, Solange Guedes, destacou, no entanto, que todas as parcerias da Petrobras, no Brasil e no exterior, são feitas com contratos de longo prazo, que a protegem contra mudanças políticas e econômicas em países estrangeiros.

    "Se houver impacto, é de curto prazo, com as variações de mercado", disse, em razão da divulgação do balanço do terceiro trimestre da petroleira, no Rio.

    BALANÇO

    Depois de um trimestre de alívio, a Petrobras voltou a registrar prejuízo no terceiro trimestre de 2016. A perda foi de R$ 16,458 bilhões, provocada, principalmente, por nova baixa no valor de ativos.

    "É um evento não recorrente e a Petrobras não espera que nos próximos trimestres ocorram resultados de testes de imparidade (baixas) dessa magnitude que aconteceram neste trimestre", disse Ivan Monteiro.

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