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    Previdência

    Peritos da Previdência ameaçam boicotar o pente-fino do INSS

    CLAYTON CASTELANI
    DO "AGORA"

    11/11/2016 17h00

    Keiny Andrade - 15.ago.2005/Folhapress
    Sao Paulo - 11 agosto 2005 - Local: Posto do INSS no Ipiranga - Inicia hoje mudancas nos laudos de pericias medicas para usuarios da Previdencia Social. Uma das mudancas e o prazo de no maximo 2 anos recebendo o beneficio. ( Foto: Keiny Andrade/Folha Imagem - registro: snapfoto15 SP07765-2005 )
    Posto do INSS no Ipiranga, em São Paulo

    Os peritos da Previdência Social não deverão retomar os exames do pente-fino do INSS nos benefícios por incapacidade após 25 de novembro, como prevê o governo.

    Para voltar a participar do mutirão de revisões, a categoria quer a aprovação do pagamento do bônus de R$ 60 por perícia realizada no pente-fino e do aumento de 27,9% acordado com o governo em fevereiro.

    O boicote dos peritos à revisão ganhou força na quarta (9), após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ter declarado que a Casa não vai aprovar reajustes salariais para nenhuma categoria além dos que já estão previstos.

    O aumento para os peritos, que seria pago em quatro parcelas anuais —a primeira venceria em agosto, nem sequer foi enviado pelo governo à Câmara.

    O reajuste dos médicos faz parte do acordo que resultou no encerramento de uma greve com duração de 165 dias e que causou atrasos em 1,3 milhão de perícias.

    A assessoria de Rodrigo Maia informou que o deputado não pretende barrar o aumento aos peritos, mas considera que a crise econômica não permite novos reajustes ao funcionalismo.

    Procurada pelo Agora, a ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos) não comentou as informações obtidas pela reportagem.

    BÔNUS

    Um dia depois de não conseguir aprovar, na Câmara, a "urgência regimental" do projeto de lei que garante o bônus dos peritos —e viabiliza o pente-fino—, o governo reiniciou ontem as negociações para votá-lo na semana que vem.

    A estratégia adotada pelo Planalto foi retirar a "urgência constitucional" do projeto, eliminando assim o prazo de cinco sessões para a apresentação de emendas dos deputados. Sem essa regra, o governo vai tentar, novamente, a aprovação da urgência na Câmara.

    O MDS (Ministério do Desenvolvimento Social) disse contar com a aprovação do pente-fino até o dia 25.

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