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    Com Trump, economistas preveem corte menor dos juros no Brasil

    DA REUTERS

    14/11/2016 14h48

    Marcos Santos/USP Imagens
    Analistas do mercado cortaram de 13,75% para 13,50% a projeção para a taxa básica de juros neste ano
    Economistas esperam que a taxa básica de juros termine o ano em 13,75%

    Diante dos sinais do Banco Central de que será cauteloso na condução da política monetária e após a forte reação negativa dos mercados financeiros à vitória do republicano Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, os economistas passaram a ver menor corte da taxa básica de juros neste ano, apesar de as projeções de inflação terem arrefecido.

    Segundo pesquisa Focus do BC, a estimativa é de que a Selic encerre 2016 a 13,75%, com corte de 0,25 ponto percentual na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do ano, no final deste mês. Até então, as apostas eram de redução de 0,50 ponto.

    Para o final de 2017, a mediana das projeções continuou indicando que a taxa de juros ficará em 10,75%. No entanto, o Top 5 –instituições que mais acertam as estimativas– mostrou que a estimativa de médio prazo para a Selic no próximo ano subiu a 11,50%, ante 11,25% até então, indicando um ciclo de afrouxamento monetário mais brando. Para 2016, permaneceu a conta de que a taxa fechará a 13,75%.

    Depois de reduzir a Selic no mês passado a 14%, com corte de 0,25 ponto, o BC adotou um tom mais duro em relação ao processo de corte, ressaltando que é preciso ter "persistência maior" na sua política e olhar de perto a inflação de serviços, sobretudo.

    O cenário ficou ainda mais nebuloso após a vitória de Trump, que já fez o dólar saltar 7% sobre o real nos últimos três pregões, com potencial para pressionar ainda mais a inflação.

    Apesar disso, o Focus apontou que a projeção para a alta do IPCA este ano caiu a 6,84%, sobre 6,88%. Para 2017, a estimativa caiu pela segunda semana seguida e se aproximou ainda mais do centro da meta, de 4,5%. Agora, a projeção é de alta de 4,93%, sobre 4,94% da semana anterior.

    Para a atividade econômica, as projeções pioraram para 2016, com queda de 3,37%, sobre 3,31%, do PIB (Produto Interno Bruto). A expansão prevista para 2017 agora chegou a 1,13%, sobre 1,20%.

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