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    Guia da Micro, Pequena e Média Empresas (MPME)

    Faturamento de empório chega a dobrar no Natal

    RICARDO BUNDUKY
    DE SÃO PAULO

    20/11/2016 02h00

    Avener Prado/Folhapress
    Produtos do Empório Chiappetta, no Mercado Municipal de São Paulo, na região central
    Produtos do Empório Chiappetta, no Mercado Municipal de São Paulo, na região central

    Natal é época de comer bem, mesmo que isso signifique gastar um pouco mais. Empórios de produtos importados dizem até dobrar o seu faturamento em dezembro em relação a outros meses.

    Entre os itens mais demandados estão as frutas secas, frios, e, claro, os vinhos e os espumantes.

    Segundo empresários do setor, essa alta é estimulada não somente pelas ceias natalinas mas também pelas cestas compradas por empresas e pelo hábito de amigos trocarem presentes.

    "No Natal parece haver uma melhora no quadro alimentar. As pessoas aceitam pagar mais para consumir produtos de melhor qualidade", afirma Marcelo Deliza, 51, dono da Casa Deliza, que tem lojas em Araraquara e São Carlos, no interior de São Paulo.

    O empresário prevê um faturamento 50% maior para o mês de dezembro —por volta de R$ 4 milhões.

    Maurício Morgado, coordenador do centro de excelência em varejo da FGV (Fundação Getulio Vargas), afirma que, para se destacar, o empresário deve estar atento a tendências de consumo e oferecer produtos especiais.

    Eduardo Chiappetta, 51, do Empório Chiappetta, no Mercado Municipal de São Paulo, quer ir além do sucesso do bacalhau, das azeitonas e castanhas portuguesas.

    O empresário aposta que a macarronada ganhará espaço na mesa neste ano. Ele tentará emplacar massas artesanais, molhos e até uma farinha italiana. "Depois desses programas de culinária como o 'MasterChef' as pessoas cada vez mais procuram cozinhar com todos os ingredientes", afirma.

    Para atuar nesse segmento, é preciso planejamento extra em relação ao varejo de alimentos nacionais —a antecedência, a variação cambial e o meio de transporte usado pela importadora entram nessa conta. O frete marítimo sai mais barato, mas a entrega leva mais tempo em relação ao aéreo.

    Para Gustavo Marques, do Sebrae-SP, a solução é tomar como base o ano anterior. Ele acrescenta que a época é uma ótima oportunidade para cativar os clientes na primeira visita. "Vale oferecer um desconto para uma próxima compra", afirma ele.

    Mas o grande diferencial desse tipo de comércio está no preparo dos funcionários. "Se o vendedor souber explicar por que certo pão italiano, mais caro, tem qualidade superior a outro, o cliente vai comprar", diz Deliza.
    Para isso funcionar é preciso fazer degustações e treinamento com a equipe.

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