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    Próximo de Obama, Google pode enfrentar revés político com Trump

    DA REUTERS

    18/11/2016 19h33

    O Google, da Alphabet, pode enfrentar um cenário regulatório mais difícil com a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, avaliam analistas.

    O novo presidente parece inclinado a reverter as políticas do governo Obama, que frequentemente favoreceram a gigante da internet nas batalhas da empresa contra importantes companhias de telecomunicações.

    O Google tinha relações próximas com o governo do presidente democrata Barack Obama e seus funcionários doaram muito mais à campanha da candidata democrata à Presidência, Hillary Clinton, do que para o republicano Trump.

    No sinal mais concreto até agora de que o equilíbrio da política tecnológica pode estar pendendo em favor das empresas de telecomunicações antes do início do mandato de Trump, a Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC, na sigla em inglês) interrompeu nesta quarta-feira (16) uma ação sobre as polêmicas medidas de reformas regulatórias às quais se opõem companhias como AT&T e CenturyLink.

    Beck Diefenbach/Reuters
    Google CEO Sundar Pichai speaks during the presentation of new Google hardware in San Francisco, California, U.S. October 4, 2016. REUTERS/Beck Diefenbach ORG XMIT: SFO106
    O presidente do Google, Sundar Picha, durante evento em San Francisco

    Dentre outras regulamentações, a vitória de Trump em 8 de novembro aumentou as chances de que as regras de neutralidade da rede, de Obama, adotadas pela FCC no início de 2015, sejam revogadas, disseram analistas.

    A maioria dos republicanos se opõe fortemente à neutralidade da rede, que requer que os provedores de internet tratem todos os dados igualmente e os impede de obstruir ou desacelerar o acesso dos clientes aos conteúdos online. As regras são uma vitória para empresas de internet como o Google e o Netflix, que advogaram em favor da internet aberta.

    Os republicanos no Congresso ou em uma FCC controlada por um governo republicano poderiam também afastar as novas regras de privacidade adotadas em outubro e que sujeitam os provedores de internet a normais mais rígidas do que aquelas enfrentadas pelo Google e outros sites.

    Procurado, o Google não respondeu a pedidos para comentar o assunto.

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