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    Presidente do Itaú defende que governo dê seguimento a reformas

    DANIEL CARVALHO
    MARINA DIAS
    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    21/11/2016 12h09

    Bruno Poletti/Folhapress
    Presidente do Itaú defendeu que governo dê seguimento a reformas
    Presidente do Itaú defendeu que governo dê seguimento a reformas

    O presidente do Itaú, Roberto Setubal, defendeu nesta segunda-feira (21) que o governo de Michel Temer leve adiante as reformas da Previdência, trabalhista e a política.

    Para o banqueiro, que também preside a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), o país se encontrava em uma "espiral negativa que nos levaria ao fundo do poço", mas o atual governo "restabeleceu a confiança".

    "Mas precisamos retomar o desenvolvimento", afirmou. "Só com o crescimento seremos capazes de solucionar nossos problemas", disse Setubal.

    O presidente do Itaú parabenizou Temer pelo encaminhamento da PEC 241, proposta de emenda à Constituição que estabelece um teto para os gastos públicos, e pela reforma da Previdência, que, envolvida em polêmicas, deve ser enviada ao Congresso em dezembro.

    Setubal defendeu uma reforma política que reduza o número de partidos políticos, o que, na visão dele, garantiria maior estabilidade para o governo.

    Ele também pediu que o governo desse seguimento à reforma trabalhista. "Não existe empresa no Brasil que seja capaz de cumprir todos os detalhes formais da nossa legislação trabalhista e as súmulas do TST (Tribunal Superior do Trabalho)", disse o banqueiro.

    TRANSPARÊNCIA

    A economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, cobrou transparência e previsibilidade do governo.

    "Comunicação é necessária, mas precisamos ter transparência do tamanho do rombo fiscal, do tamanho dos esqueletos que a gente pode ter", disse Latif.

    A economista cobrou também transparência do governo em relação à gravidade da crise.

    "Temo que a lua de mel está indo embora", afirmou Zeina Latif. "Seria muito importante delimitar esta agenda (econômica). Sabemos que tem um norte, tem prioridades. Mas seria importante o governo estabelecer o que seria a agenda para os próximos dois anos", disse a economista-chefe da XP.

    COOPERAÇÃO

    Presidente do Conselho de Administração da BRF, Abílio Diniz defendeu em seu discurso que se pare de reclamar do governo e, em vez disso, as pessoas tentem ajudar o país.

    "Temos que parar de reclamar com o governo e esperar que ele faça alguma coisa por nós. O que podemos fazer?", disse o empresário durante a reunião do Conselhão.

    Diniz disse que é preciso "encarar a realidade" do país. "É preciso que destravemos os problemas de infraestrutura para receber investimentos externos", afirmou.

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