• Mercado

    Monday, 29-Apr-2024 07:30:31 -03

    black friday

    Black Friday tem pico de 50 pedidos por segundo e cresce 17% em 2016

    FILIPE OLIVEIRA
    DE SÃO PAULO

    28/11/2016 15h11

    As vendas no comércio eletrônico durante a Black Friday, na última sexta-feira (25), foram 17% maiores do que as registradas no evento de 2015. No pico, entre 0h e 1h, foram realizados cerca de 50 pedidos por segundo no varejo eletrônico brasileiro, informou a consultoria Ebit, do Buscapé.

    O evento fez o setor de comércio eletrônico faturar cerca de R$ 1,9 bilhão. O resultado ficou abaixo do esperado pela própria consultoria, que projetava vendas de R$ 2,1 bilhões, o que representaria crescimento de cerca de 30%.

    Previsões semelhantes, de ao menos R$ 2 bilhões, também foram feitas pela organização do evento (a Blackfriday.com.br) e associações do setor de comércio eletrônico.

    Black Friday - Evolução do faturamento, em R$ bilhões

    O número de pedidos deste ano cresceu 4%, para 2,92 milhões, enquanto o valor médio de gastos do consumidor foi de R$ 653 —13% maior do que no ano passado.

    Cerca de 20% das compras on-line —ou seja, R$ 380 milhões— foram feitas por dispositivos móveis (celulares e tablets). No ano passado, essa modalidade respondia por aproximadamente 9% do volume.

    Quando se somam as vendas totais da sexta-feira com as registradas entre 20h e meia-noite de quinta-feira, período em que a maioria das lojas virtuais começou a colocar promoções no ar, o faturamento foi de R$ 2,06 bilhões, mais próximo do calculado pela Ebit.

    Pedro Guasti, presidente da Ebit, disse considerar positivos os resultados das vendas. Ele atribuiu o resultado abaixo do esperado na Black friday propriamente dita a antecipação de promoções na quinta-feira.

    "Em vez de esperar meia-noite e ter aquele avanço enorme dos consumidores, muitas lojas dispararam suas promoções algumas horas ou semanas antes. Isso deixa tudo mais confortável para todo mundo."

    Segundo Guasti, a vantagem do alargamento do período de ofertas para as empresas é a redução do esforço de vendas concentrado em um único dia.

    "O esforço é muito grande, o site não pode cair, é preciso reforçar toda a operação, os servidores, a banda larga, a emissão de notas. Tudo é feito 15 vezes mais do que em um dia normal."

    RECLAMAÇÕES

    Seguindo previsões do mercado, a Black Friday deste ano teve menos problemas do que as edições anteriores,.

    O Procon-SP registrou 845 reclamações de compradores pela internet neste ano. Em 2015, quando as queixas também tinham caído, foram 1.184.

    A queixa mais recorrente nesta edição foi a mudança de preços de produto no fechamento da compra (quando o produto estava no carrinho). A seguir, vieram reclamações de produtos em oferta indisponíveis e a maquiagem de preços —quando produtos têm valores inflados em semanas anteriores à Black Friday.

    Bruno Stroebel, supervisor do Procon-SP, lembra que consumidores que não finalizaram suas compras devido a mudanças de preços na hora do pagamento têm direito de comprar os itens desejados nas condições oferecidas durante a Black Friday. Para isso, precisam ter registrado as telas que visualizaram durante o processo de compra.

    O órgão também fiscalizou 58 lojas físicas e encontrou irregularidades em 9 delas (15%). Em 2015, o Procon-SP havia monitorado 35 lojas e constatado problemas em 14 (38%).

    Na plataforma do Reclame Aqui, que registra queixas de clientes, foram 2.912 reclamações neste ano, ante 4.400 em 2015.

    Os principais motivos de reclamações foram propaganda enganosa (22%), divergência de valores (15%) e problemas na finalização da compra (12%).

    Um dos motivos mais comuns em edições anteriores a maquiagem de preços, teve pouco destaque, citada em 5,4% das reclamações. Foi o sexto motivo principal de queixas.

    Os smartphones receberam 10,2% do volume de reclamações, ficando em primeiro lugar entre os produtos que mais tiveram problemas.

    Em segundo lugar apareceram componentes, peças e acessórios de eletroeletrônicos, com 7%, seguido de TV, com 6,4%, celular, 6%, e notebooks, com 3,2%.

    CATEGORIAS

    Os eletrodomésticos lideraram as vendas durante a Black Friday, tanto se considerado o número de pedidos como também o faturamento da categoria.

    Eles foram seguidos por produtos de telefonia em segundo lugar, em ambas as listas, e por itens de vestuário (quando considerado número de produtos vendidos) e eletrônicos (quando observado o faturamento).

    Black Friday 2016 - Principais categorias

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024