A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) fechou seu primeiro acordo para corte de produção desde 2008, disseram à Reuters fontes do grupo nesta quarta-feira (30), com a Arábia Saudita aceitando uma redução na sua extração e concordando com o congelamento do bombeamento do rival Irã em níveis pré-sanções.

Os contratos futuros do petróleo Brent subiam cerca de 8%, operando a aproximadamente US$ 50, por volta das 13h50 (horário de Brasília), com as notícias sobre o assunto.

Às 14h43, as ações mais negociadas da Petrobras subiam 9,61%, para R$ 16,07. Os papéis com direito a voto tinham alta de 9,64%, para R$ 18,31.

Uma fonte disse que o acordo está em linha com o que havia sido proposto pela Argélia em setembro: uma redução de 4,5% na produção, ou cerca de 1,2 milhão de barris por dia (bpd).

As ações preferenciais da Petrobras sobem 9,41%, a R$ 16,04. as ações ordinárias avançam 9,58%, a R$ 18,30

A Argélia, membro da Opep, vinha propondo estabelecer um novo teto de produção de 32,5 milhões de barris por dia.

A Arábia Saudita, maior exportador global de petróleo, aceitou cortar sua produção para 10,06 milhões de barris por dia sob um novo acordo, disse uma fonte do grupo.

A produção saudita estava em 10,54 milhões de barris por dia em outubro.

A fonte também disse que a Opep, em um encontro de ministros em Viena, fechou acordo para a suspensão da Indonésia como membro da organização e permitiu que o Irã estabeleça um novo nível de produção a 3,797 milhões de barris por dia, perto dos níveis atuais.

Emirados Árabes Unidos, Kuweit e Catar devem cortar produção em um volume combinado total de cerca de 300 mil barris por dia, disse uma fonte da Opep à Reuters.