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    Governo italiano pode assumir fatia majoritária no banco Monte dei Paschi

    DA REUTERS

    07/12/2016 09h24

    Giampiero Sposito/REUTERS
    Itália se prepara para assumir fatia majoritária de € 2 bilhões no banco Monte dei Paschi di Siena
    Itália se prepara para assumir fatia majoritária de € 2 bilhões no banco Monte dei Paschi di Siena

    A Itália se prepara para assumir uma participação majoritária de € 2 bilhões no banco Monte dei Paschi di Siena, após as expectativas da instituição de conseguir um financiamento privado se dissiparem com a renúncia do primeiro-ministro Matteo Renzi, informou a agência Reuters nesta quarta-feira (7).

    O governo italiano já é o maior acionista do banco, com uma fatia de 4%, mas planeja comprar títulos detidos por italianos para elevar sua participação para 40%, informaram as fontes. Ao assumir fatia majoritária, o Tesouro poderia controlar o terceiro maior banco da Itália e também as reuniões de acionistas.

    Conforme as fontes, um decreto do governo autorizando o acordo, no qual o Estado compraria títulos subordinados de investidores do varejo e os converteria em ações, pode sair ainda neste fim de semana.

    O Monte dei Paschi precisa levantar € 5 bilhões até o fim deste mês, mas investidores privados estão relutantes em ceder capital depois que Renzi perdeu o referendo no domingo e anunciou planos de renunciar ao cargo.

    O banco deve captar € 1 bilhão por meio de uma conversão de bônus com investidores institucionais e Roma espera que uma participação de € 2 bilhões pelo governo possa persuadir outros a participar da injeção de capital.

    "É uma nacionalização de-facto com forte presença do Estado que pode atrair outros investidores e permitir que a transação seja concluída", disse uma das fontes.

    O Tesouro e o Monte dei Paschi se recusaram a comentar.

    Renzi deve deixar o cargo dentro de alguns dias e pode ser substituído pelo ministro de Economia ou outro político. Mas uma eleição antecipada pode ser convocada no próximo ano, alimentando temores entre investidores de que um partido contrário à zona do euro possa assumir a liderança do país.

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