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    Previdência

    Reforma da Previdência busca corrigir tratamento desigual, diz ministro

    DIMMI AMORA
    DE BRASÍLIA

    08/12/2016 11h26

    Marcos Santos/USP Imagens
    Banco do Brasil tem lucro líquido de R$ 3 bilhões no quarto trimestre de 2014 notas de real | fotos públicas
    Notas de real

    O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou que a reforma da previdência enviada pelo governo ao Congresso é para corrigir tratamento desigual no sistema previdenciário brasileiro que faz com que as pessoas se aposentam mais cedo "ganhem mais, e não o contrário".

    De acordo com ele, o sistema atual beneficia alguns grupos em detrimento de outros, sem especificar quais. A reforma seria também para garantir a sustentabilidade da previdência pública a longo prazo.

    "Não podemos permitir que a previdência não tenha como arcar com o pagamento dos benefícios", disse o ministro.

    Reforma da Previdência
    As mudanças propostas na aposentadoria

    As declarações foram dadas nesta quinta-feira (8) durante entrevista coletiva de Oliveira num encontro realizado no ministério com representantes do governo e de empresas americanas, mediado pela Embaixada dos EUA no Brasil. Os dois governos tentam convencer empresas americanas a entrar em concessões no setor de infraestrutura nacional.

    De acordo com o ministro, o gasto com previdência no Brasil em 2017 alcançará R$ 720 bilhões com pagamentos de aposentadorias e outros benefícios previdenciários, o que representará 55% das despesas federais previstas. Ainda segundo ele, o déficit da previdência deverá ir a R$ 180 bilhões.

    Em relação ao recuo do governo, que retirou a Polícia Militar e os Bombeiros das regras da atual reforma, Oliveira afirmou que essas categorias teriam um tratamento diferenciado na Constituição e por isso não poderiam estar no texto enviado.

    Oliveira lembrou ainda que a reforma não mexe nos direitos dos atuais aposentados e nem com os direitos de quem já têm tempo para se aposentar. O projeto, segundo ele, é necessário para a estabilização fiscal do país e vai permitir no futuro espaço para ampliar investimentos e programas sociais "na saúde e educação".

    "Temos esperança e convencimento de que o Congresso aprovará e a sociedade brasileira compreenderá a importância e a necessidade de se fazer a reforma", disse o ministro.

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