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    Fiesp, PT e CUT trocam acusações após vandalismo em manifestação

    FERNANDA PERRIN
    DE SÃO PAULO

    14/12/2016 19h15 - Atualizado às 20h07

    A depredação da sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) durante protesto a aprovação da PEC do teto de gastos nesta terça (13) gerou uma série de acusações entre a entidade, o PT e a CUT.

    Em nota em resposta ao ataque sofrido, a Fiesp afirmou que a ação foi liderada por "vândalos que portavam bandeiras do PT e da CUT" –eles negam qualquer relação com a depredação.

    A federação dos industriais, presidida pelo peemedebista Paulo Skaf, fez campanha pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. O prédio da entidade foi um dos principais pontos de protesto de manifestantes que defendiam a saída da petista.

    De acordo com a federação, a tentativa de invasão colocou em risco funcionários e frequentadores do local, que também abriga um centro cultural. A ação aconteceu por volta das 20h.

    "A Fiesp lamenta profundamente o episódio. E lamenta ainda mais que uma minoria violenta ainda acredite que a depredação seja uma maneira razoável de manifestar posições políticas ou ideológicas", diz, em nota.

    Em sua defesa, a CUT acusou a organização patronal de "leviandade" e "má-fé", enquanto o partido disse que "mais uma vez os que sempre atacam o PT querem de novo que paguemos o pato".

    "Assistimos às imagens exibidas pelas televisões várias vezes. Em nenhuma delas vimos bandeiras, camisetas ou bonés da CUT. Vimos apenas pessoas vestidas com roupas vermelhas", afirma a entidade, também em nota.

    A central defende que todos os protestos que coordena são pacíficos e organizados em reuniões com comandantes da Polícia Militar.

    CONTRA-ATAQUE

    Para a CUT, as acusações da Fiesp são "uma tentativa de desmoralizar e desacreditar entidades comprometidas com os direitos da classe trabalhadora".

    Os sindicalistas também classificam a federação patronal como "uma das principais responsáveis pelo golpe" e afirma que vândalo é "quem ataca direitos sociais e trabalhistas", em referência ao apoio da entidade à aprovação da reforma da Previdência e da CLT.

    Questionada pela Folha sobre a posição da central, a Fiesp limitou-se a dizer que "as imagens falam por si". A CUT não respondeu ao contato da reportagem.

    O ato acabou com duas pessoas detidas, uma por depredação e outra por desacato, de acordo com a PM.

    A Força Sindical também se manifestou sobre o confronto. Em nota, a entidade condenou a depredação do prédio e atribuiu a ação a "provocadores que buscam criar caldo de cultura apropriado à criminalização dos movimentos sociais e dos manifestantes pacíficos".

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