Depois de "oito anos de juros muito baixos nos países ricos, um clima de mudança está no ar, especialmente após a eleição de Donald Trump nos EUA.

A grande questão é se as pressões de curto prazo pelo aumento dos juros nos EUA são suficientemente fortes para superar as forças globais de longo prazo que pressionam para baixo as taxas –como o envelhecimento da população, aumento da desigualdade e a desaceleração no avanço da produtividade.

Os mercados esperam que o Fed (BC dos EUA) eleve os juros mais devagar do que apontam suas projeções. Porém, um número crescente de economistas afirma que o cenário mudou tanto que tanto o mercado como as autoridades do Fed estão subestimando o potencial de aumento de juros no ano que vem.

"Estamos preocupados que a pressão inflacionária, que já se manifesta no mercado de trabalho, se tornará um problema sério, forçando o Fed a elevar os juros rapidamente", diz Ian Shepherdson, economista-chefe da Pantheon Macroeconomics.

Mas ainda que exista um consenso quase generalizado de que o pacote de estímulo prometido por Trump leve a juros mais altos, muitos especialistas dizem que as medidas serão insuficientes para elevar o PIB.

O que é FED