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    Pastor Silas Malafaia é conhecido por polêmicas e brigas nas redes sociais

    DO RIO

    16/12/2016 15h39

    Ueslei Marcelino/REUTERS
    Malafaia tem se notabilizado nos últimos anos pelas polêmicas e brigas compradas nas redes sociais
    Malafaia tem se notabilizado nos últimos anos pelas polêmicas e brigas compradas nas redes sociais

    Citado na operação Timóteo da Polícia Federal, o pastor Silas Malafaia, 58, tem se notabilizado nos últimos anos pelas polêmicas e brigas compradas nas redes sociais.

    Considerado pela "Forbes" como o terceiro pastor mais rico do Brasil, diz querer construir mais de mil igrejas em 10 anos, em um processo de expansão da presença geográfica da Assembleia de Deus Vitória em Cristo no país.

    Em sua conta no Twitter, com mais de 1,3 milhão de seguidores, Malafaia costuma defender posições políticas e atacar adversários. Nas últimas eleições, pediu votos e tripudiou de candidatos derrotados.

    "Cambada de esquerdopatas se ferraram, tomaram uma lavada histórica. Calados", escreveu ao comemorar a vitória de Marcelo Crivella (PRB) sobre Marcelo Freixo (PSOL) no Rio.

    Também costuma gravar vídeos exaltados atacando desafetos. Entre seus alvos mais frequentes, estão os movimentos LGBT e pró legalização do aborto.

    "O ativismo gay está tristinho porque não teve exaltação para a palhaçada de vocês?", perguntou após a abertura da Olimpíada do Rio, na qual a delegação brasileira foi puxada pela modelo transexual Lea T.

    Malafaia assumiu a liderança da Vitória em Cristo em 2010. Na época, já havia rompido com duas das maiores lideranças evangélicas do país, o bispo Edir Macedo e o pastor Valdemiro Santiago, por disputas na compra de horários na TV.

    Tem investido tempo e dinheiro no crescimento da igreja, baseada no Rio, para outras regiões do país. Neste mês, inaugurou a primeira unidade da igreja em São Paulo. "Meu projeto é abrir mil novas igrejas nos próximos dez anos no Brasil", disse à revista "Exame" antes da inauguração.

    Em 2013, foi apontado pela revista "Forbes" como um dos líderes religiosos mais ricos do país, com uma fortuna estimada em US$ 150 milhões —atrás apenas dos desafetos Macedo e Santiago. Ele rechaçou a afirmação e iniciou um processo judicial contra a revista.

    Após a publicação, exibiu em seu programa de TV sua declaração de Imposto de Renda, na qual declara um patrimônio de R$ 4,2 milhões em imóveis e cotas de empresas, principalmente a editora Gospel Ltda.

    TIMÓTEO

    A PF apura se Malafaia teria participado da lavagem de dinheiro por supostamente ter recebido valores do principal escritório de advocacia responsável pelo esquema. Ele é suspeito de emprestar contas da instituição dele para ajudar a ocultar dinheiro.

    As investigações identificaram que Malafaia recebeu de um dos escritórios envolvidos no esquema cerca de R$ 100 mil em sua conta pessoal.

    Malafaia, que mora no Rio de Janeiro, foi alvo de condução coercitiva, mas a PF ainda não confirmou o cumprimento do mandado.

    Ao comentar o pedido de condução coercitiva feito pela operação Timóteo, Malafaia tem apelado novamente para a estratégia de comprar briga nas redes sociais.

    "Aviso aos esquerdopatas: não fui delatado por ninguém, não estou envolvido em nada, querer me comparar com petistas corruptos, piada", escreveu, em uma das dezenas de mensagens que publicou nesta sexta (16).

    Malafaia e a operação Timóteo

    Malafaia e a operação Timóteo

    Malafaia e a operação Timóteo

    Malafaia e a operação Timóteo

    Malafaia e a operação Timóteo

    Malafaia e a operação Timóteo

    Malafaia e a operação Timóteo

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