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    Guia da Micro, Pequena e Média Empresas (MPME)

    Unidades temporárias de franquias servem para teste e têm risco menor

    BÁRBARA LIBÓRIO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    18/12/2016 02h00

    Em um momento em que empreendedores querem arriscar menos, as lojas temporárias, ou "pop-ups", têm atraído quem busca testar produtos e praças ou aproveitar a época de fim de ano.

    A argentina Havanna abriu neste mês três quiosques em shoppings paulistas (Tatuapé e Jardim Sul, na capital, e Vale Sul, em São José dos Campos), com produtos como panetones e biscoitos.

    "Miramos a venda de itens sazonais, divulgação e teste da praça. Os interessados vão desde franqueados a quem queira conhecer o negócio", afirma a diretora de expansão Renata Rouchou.

    Para Caroline Bittencourt, diretora de inteligência de mercado do Grupo Bittencourt, o negócio vale já que, como o tempo de locação da praça é curto, as condições para alugar são melhores.

    O custo de instalação também cai. De acordo com Juarez Leão, diretor da ABF (Associação Brasileira de Franchising), abrir uma loja de 50m2 no shopping custa em média R$ 200 mil. Nas "pop-ups", onde a padronização é mais flexível, o valor é menor.

    Além disso, se o franqueado já possui outra unidade, ele pode remanejar o estoque. "Há casos em que se abre uma nova loja sem gastar quase nada", diz Leão.

    No caso da Havanna, os quiosques foram emprestados. Os custos dos franqueados são com a instalação e remoção da estrutura e aluguel.

    "Deve-se escolher a época certa, que tem que combinar com o produto. Nos testes de produtos ou praças, seja ágil: o concorrente está vendo seu negócio, então erre e acerte rápido", diz Bittencourt.

    A Cacau Show começou a investir em "pop-ups" no Natal e na Páscoa em 2013, com 40 lojas. Neste ano, são mais de 300, ou 5% do faturamento natalino. Em 2017, espera-se aumento de 20% de lojas.

    "Começamos a ter ganhos de volume sazonal e abrimos lojas para absorver o fluxo", explica Daniel Roque, gerente de canais da marca.

    No perfil dos franqueados "pop-up", há quem invista em cidades pequenas, onde uma franquia maior não é viável.

    Segundo o gerente da Cacau Show, o gasto com esses pontos é de menos de 10% em relação à franquia fixa.

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