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    Teles querem adiar fim da TV analógica em São Paulo

    GABRIELA SÁ PESSOA
    DE SÃO PAULO

    18/12/2016 02h00

    Jorge Araújo - 21.jul.2011/Folhapress
    SANTA RITA DO SAPUCAÍ, MG, BRASIL, 21-07-2011: Funcionário da Linear inspeciona transmissor de TV digital, sistema que foi desenvolvido na cidade de Santa Rita do Sapucaí, no Vale da Eletrônica (MG). (Foto: Jorge Araújo/Folhapress)
    Funcionário inspeciona transmissor de TV digital na cidade de Santa Rita do Sapucaí (MG)

    Responsável pela campanha e pelo processo de digitalização de televisores, a empresa Seja Digital pediu ao governo o adiamento da data marcada para o desligamento do sinal analógico em São Paulo e a revisão do cronograma para 2016.

    Na sexta-feira (16), a instituição enviou uma petição ao Ministério das Comunicações em que afirma ser inviável promover a conversão em 29 de março, como previsto.

    Também solicita a revisão do cronograma em outras regiões do país -o processo deveria ser concluído até dezembro de 2018.

    Na carta, a empresa argumenta que precisará de mais tempo devido a um atraso na encomenda dos equipamentos para a conversão, que ela distribui gratuitamente a beneficiários do Bolsa Família.

    Segundo o texto, os critérios técnicos de cada conversor só foram decididos em agosto pelo grupo que reúne governo, emissoras de TVs e teles para tratar do tema.

    Antônio Marteletto, diretor da Seja Digital, disse, na carta, que, devido a essa "tardia definição", o cumprimento do prazo ficou inviável.

    Para um executivo de uma emissora de TV, o pedido coloca em xeque a capacidade da Seja Digital de levar adiante o processo, programado há dois anos. Para esse diretor, faltou planejamento.

    Em 2016, a transição já aconteceu em Rio Verde (GO) e no DF. Em ambos os casos, a data precisou ser adiada, por não terem sido atingidos os patamares necessários ao desligamento. O governo estabeleceu que o "apagão" só pode acontecer caso 93% dos domicílios estejam capacitados a receber sinal digital.

    Em São Paulo, estima-se que serão distribuídos 2,2 milhões de conversores. A compra é de responsabilidade pela Seja Digital, que gerencia a transição e é administrada por Vivo, Claro, TIM e Algar.
    As teles venceram o edital para começar a operar a frequência antes utilizada pela TV analógica.

    Procurada por meio de sua assessoria de imprensa, a Seja Digital confirma o envio da petição ao ministério. Disse, porém, não ter informações para responder de quem era a culpa pelo atraso no fornecimento dos conversores.

    A reportagem não conseguiu contato com o Ministério das Comunicações até a conclusão desta edição.

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