A Santa Ifigênia e o Brás, zonas tradicionais de comércio na região central de São Paulo, foram citados pela primeira vez na lista anual do governo americano sobre os lugares mais famosos de pirataria no mundo.

Essas duas localidades foram citadas ao lado da Galeria Pagé e da rua 25 de Março, que já apareciam em relatórios anteriores do governo dos Estados Unidos.

Segundo o levantamento anual, o centro da cidade de São Paulo é o "epicentro de falsificação e pirataria no Estado e um dos exemplos mais conhecidos de mercado de falsificados no país".

O relatório cita estudo da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) que apontou que o contrabando, a pirataria, as falsificações e os roubos de bens custaram ao Estado de São Paulo cerca de US$ 4,4 bilhões no ano passado, além de 111,5 mil empregos com carteira assinada.

O levantamento do governo americano cita, além de São Paulo, centros de pirataria na China, no México, na Argentina, na Tailândia, na Nigéria, na Indonésia, na Índia e no Paraguai (em Ciudad del Este, na fronteira com o Brasil e a Argentina).

A cidade paraguaia é mencionada em relatórios comerciais dos EUA há 15 anos.

SITES

Uma das novidades da pesquisa deste ano é que o site chinês Taobao, que pertence à gigante do comércio on-line Alibaba, voltou a aparecer entre os mercados famosos de venda de produtos falsificados –ele havia sido retirado em 2012, depois de promessas de seus donos de resolver o problema.

De acordo com o governo americano, apesar de algumas medidas positivas terem sido tomadas, os patamares atuais de pirataria e falsificação presentes no site são "inaceitavelmente altos", representando uma ameaça para a indústria criativa e inovadora dos Estados Unidos.