• Mercado

    Saturday, 04-May-2024 12:42:12 -03

    Ministros da zona do euro querem retomar negociação sobre dívida grega

    DA REUTERS

    24/12/2016 15h28

    Marios Lolos/Xinhua
    Primeiro-ministro grego, o esquerdista Alexis Tsipras, conversa com crianças de coral no Natal
    Primeiro-ministro grego, o esquerdista Alexis Tsipras, conversa com crianças de coral no Natal

    O presidente do Eurogrupo, conselho formado pelos ministros de Finanças da zona do euro, disse neste sábado (24) que as negociações sobre as medidas iniciais para alívio da dívida grega seriam retomadas, na sequência de um congelamento após decisão da Grécia de pagar aos pensionistas um bônus de Natal.

    Jeroen Dijsselbloem afirmou que os credores concordaram em retomar as negociações após receberem uma carta do ministro das Finanças da Grécia, Euclides Tsakalotos, reafirmando o compromisso do governo com as reformas exigidas como parte do terceiro resgate da Grécia.

    "Estou feliz em concluir que nós abrimos o caminho... para avançar com os procedimentos de tomada de decisão para as medidas de curto prazo para a dívida, que serão conduzidos em janeiro", disse Dijsselbloem em um comunicado.

    O Eurogrupo decidiu desbloquear em janeiro as medidas de curto prazo de alívio para dívida grega. "Recebemos uma carta das autoridades gregas em resposta às preocupações levantadas pelas instituições, bem como pelo Grupo de Trabalho da zona do euro sobre as medidas fiscais recentemente legisladas", disse uma autoridade.

    O Eurogrupo havia acordado no início de dezembro trabalhar para um pacote de alívio da dívida para a Grécia, na forma principalmente de medidas para estender empréstimos com baixas taxas de juros.

    Os credores da zona do euro congelaram as negociações em protesto contra o bônus grego para pensionistas, dizendo que não tinham sido consultados.

    Os credores decidiram suspender um acordo de alívio de curto prazo da dívida para Atenas, que reduziria sua dívida pública em 20 pontos percentuais do PIB (Produto Interno Brut) até 2060, até que os efeitos das medidas gregas sobre os compromissos no resgate fossem plenamente avaliados.

    O primeiro-ministro grego, o esquerdista Alexis Tsipras, afirmou que o pagamento aos aposentados e outros privilégios pré-Natal estavam garantidos, já que o país havia superado as metas de cortes de gastos e de receitas fiscais em 2016.

    A Grécia concordou com medidas de austeridade, incluindo reformas de pensões, como parte do acordo de resgate que fechou com os credores em agosto de 2015. O socorro é avaliado em € 86 bilhões.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024