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    Fabricantes buscam estratégias para reduzir peso de aeronaves

    DO "FINANCIAL TIMES"

    26/12/2016 02h00

    All Nipon Airways/AFP
    This artist image released from Japan's airline All Nippon Airways (ANA) on April 17, 2015 shows ANA's Boeing 787-9 aircraft into the colors of R2-D2 robot of Star Wars. Japanese air carrier ANA will place the special colored jetliner in service in this autumn. AFP PHOTO / ALL NIPPON AIRWAYS---EDITORS NOTE---HANDOUT RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO / ALL NIPPON AIRWAYS" - NO MARKETING NO ADVERTISING CAMPAIGNS - DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS ORG XMIT: TOK1419
    Boeing da japonesa All Nippon Airways (ANA) com o tema de Star Wars

    Alguns anos atrás, a companhia aérea japonesa ANA pediu aos passageiros que usassem o banheiro antes de embarcar. A lógica do pedido era simples: o avião ficaria mais leve e, portanto, consumiria menos combustível.

    O teste durou só um mês, mas mostra a obsessão da indústria aeroespacial com o peso, um dos fatores mais importantes para tornar uma aeronave mais eficaz.

    Com uma nova geração de aviões que deve começar a voar antes de 2030, a indústria está preocupada com o "regime" da frota global.

    "Se você reduzir 454 quilos, isso significa uma economia de 1% de combustível. É uma grande economia e é bom para o ambiente", afirma Ric Parker, ex-diretor da Rolls-Royce, fabricante britânica de turbinas.

    A busca por novos materiais, como polímero de fibra de carbono reforçado, tem sido uma das estratégias para deixar o avião mais enxuto.

    Os fabricantes de turbinas, por exemplo, têm apostado em materiais como aluminetos de titânio para reduzir o peso da peça, que nas aeronaves grandes pesa, em média, 6.350 quilos.

    "É um círculo virtuoso", diz Parker. "Se você coloca uma lâmina que é dois terços mais leve que a atual, pode ter um disco de turbina igualmente mais leve e assim por diante."

    NEM SEMPRE MAIS LEVE

    Apesar de todos esses esforços, os aviões de hoje em dia não são necessariamente mais leves. Muitos dos quilos perdidos nos últimos anos abriram espaço para novidades ou simplesmente para que mais passageiros pudessem ser acomodados.

    A Boeing, por exemplo, adotou janelas maiores no modelo 787, o que teria um impacto negativo no peso da aeronave caso ela não tivesse feito cortes em outras áreas.

    Um outro empecilho é que as autoridades reguladoras também têm elevado as exigências de segurança. Um exemplo: a demanda por bancos mais seguros acrescentou cinco toneladas ao peso médio de uma aeronave.

    O consumo de energia também tem crescido, criando a necessidade por uma fiação mais pesada e também por mais medidas de controle de temperatura. Segundo a empresa TE Connectivity, uma aeronave atual tem 40% mais eletrônicos do que uma fabricada poucos anos atrás.

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