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    Fábrica de americanos rivais de Santos Dumont passará por renovação

    DO "NEW YORK TIMES"

    26/12/2016 02h00

    Em uma tarde fria, Antoine Alston, 4, e sua irmã De'Asia Liggins, 8, estavam esperando o ônibus em companhia da mãe, na região oeste da cidade de Dayton, Ohio (EUA). Por trás deles, havia uma fábrica abandonada de grande importância histórica, mas as crianças não estavam cientes disso.

    Há 113 anos, um aparelho construído pelos irmãos Wright (que disputam com o brasileiro Santos Dumont o título de pais da aviação), fez seu primeiro voo em uma colina da Carolina do Norte.

    Sete anos mais tarde, naquela mesma fábrica de Dayton, os irmãos começaram a produzir em massa os primeiros aviões para venda.

    Agora, como parte de um plano para a renovação da fábrica, as crianças da região poderão aprender muito mais sobre os homens mais famosos da história da cidade e os seus inventos.

    O objetivo original era simples: salvar os dois edifícios de tijolos, ao inclui-los na trilha da aviação que o Serviço Nacional de Parques norte-americano opera na área.

    O plano original evoluiu para um projeto milionário, de 22 hectares.

    Duas fábricas foram construídas pelos irmãos Wright em 1910/1911 para a produção de aviões. Apenas cerca de 120 aparelhos foram fabricados lá, porque Wilbur Wright morreu inesperadamente em 1912, e Orville vendeu sua parte no negócio em 1915.

    Nas sete décadas seguintes, autopeças foram fabricadas nas duas construções originais, e outros três pavilhões foram erguidos no terreno.

    A desaceleração na economia e a crise da habitação em 2008 custaram caro à cidade, mas em 2009 a Aliança Nacional pela Herança Aeronáutica persuadiu o Congresso a incorporar a fábrica e os oito hectares ao seu redor ao Parque Histórico Nacional da Herança Aeronáutica em Dayton, administrado pelo Serviço Nacional de Parques.

    No começo de 2017, a área mudará de proprietário uma vez mais. O que ocupará os edifícios adjacentes aos galpões ainda está em discussão. O Serviço de Parques ocupará as fábricas, enquanto os outros prédios poderão receber salas de aula com foco na educação científica e tecnológica ou virar um espaço para oficinas.

    Encontrar empresas que desejem ocupar os terrenos que cercam o espaço ocupado pelo parque continua a ser um desafio, mas projeções indicam que podem ser criados ao menos 500 empregos com salário médio de US$ 40 mil anuais no local.

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