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    Rio adianta salário para servidores da Fazenda e paga 13º a professores

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    28/12/2016 20h03 - Atualizado às 15h02
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    Nicola Pamplona/Folhapress
    Servidores fazem 'ceia da miséria' com pão e água para protestar contra medidas do governador Pezão
    Servidores fazem 'ceia da miséria' com pão e água para protestar contra medidas do governador Pezão

    Enquanto parte dos servidores do Rio têm recorrido a doações para sobreviver aos atrasos nos salários, os funcionários das áreas de Educação, Fazenda e Planejamento receberam dinheiro em suas contas nesta quarta (28).

    Os primeiros, que já são priorizados no calendário de pagamentos mensais, receberam o 13º de 2016, pago com adiantamento de recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) feito pelo governo estadual.

    O pagamento, porém, foi feito apenas aos servidores da ativa. Os aposentados terão que esperar o calendário do governo estadual para o pagamento do 13º salário.

    Já os servidores das áreas de Fazenda e Planejamento receberam o salário integral de novembro, sob a justificativa de "evitar imprevistos no processamento da folha de pagamento do funcionalismo público e também para não prejudicar a arrecadação tributária", segundo informou a Secretaria de Fazenda.

    Eles iniciaram, nesta quarta, uma greve em protesto aos atrasos de salários e forçaram o governo a antecipar os pagamentos.

    No calendário proposto na semana passada, a a primeira parcela do salário de novembro, de R$ 264, será paga no dia 5 de janeiro. O restante será dividido em outras quatro parcelas até o dia 17.

    Apenas servidores da Educação e da Segurança Pública, além dos aposentados da Segurança, haviam recebido os salários de novembro até esta quarta.

    DOAÇÕES

    Entidades ligadas aos servidores e até um batalhão de polícia iniciaram esta semana coleta de doações de alimentos para ajudar as pessoas que estão sem receber salários.

    "Temos inativos que recebem menos de R$ 300 para passar o Natal e o Ano Novo. Alguns estão literalmente sem comida em casa, porque ou compram remédios ou alimentos", escreveu nas redes sociais o comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar (Botafogo, Flamengo e Cosme Velho), Ricardo Naldoni, ao pedir doações.

    "Sei também que não somos culpados desta situação e nem os servidores, mas por amor e compaixão devemos todos ajudar", completou.

    A campanha SOS Servidores, criada por magistrados da Justiça estadual arrecadou R$ 60 mil, que foram convertidos em 1.136 cestas básicas para distribuição entre os servidores.

    Na última sexta (23), os servidores serviram uma ceia com pão e água em frente à sede do governo estadual, em protesto intitulado "Ceia da miséria".

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