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    Bilheterias estagnadas na China e Trump põem Hollywood em apreensão

    DO "FINANCIAL TIMES"

    01/01/2017 02h00

    Eugene Hoshiko/Associated Press
    Mulher à frente de cartazes de filmes em Xangai, na China
    Mulher à frente de cartazes de filmes em Xangai, na China

    A década de crescimento em disparada nas bilheterias de cinema chinesas estacou repentinamente em 2016, despertando em Hollywood o medo de que o mais importante mercado novo do setor tenha perdido o gás.

    As vendas de ingressos no mercado interno chinês cresceram apenas 2,4% em 2016, ante os 49% de crescimento registrados em 2015, de acordo com o Entgroup, que acompanha o desempenho das bilheterias de cinema.

    Em valor (em dólar), o mercado chinês registrou resultados iguais ou ligeiramente inferiores aos de 2015, de acordo com a comScore, empresa de mensuração de audiência em diversas mídias.

    As indústrias cinematográficas dos Estados Unidos e da China se aproximaram nos últimos anos, e Hollywood tirou vantagem de uma elevação na cota chinesa para filmes importados, em 2012, e do investimento de empresas do país asiático em estúdios norte-americanos.

    Mas há medo em Hollywood de que os futuros retornos na China caiam caso o governo do republicano Donald Trump venha a cumprir sua promessa de adotar linha dura no comércio com a China. As medidas retaliatórias da China poderiam incluir restrições ao número de filmes norte-americanos aprovados para exibição; no momento, 34 filmes estrangeiros são aprovados a cada ano de acordo com a cota vigente.

    Hollywood tem muita coisa em jogo na China, disse Paul Dergarabedian, analista sênior da comScore.

    "É o segundo maior mercado mundial de cinema e um dia superará a América do Norte nas bilheterias."

    Ele apontou para filmes como "O Exterminador do Futuro: Gênesis" e "Warcraft - O Primeiro Encontro de Dois Mundos", que fracassaram nos Estados Unidos, mas faturaram bem nos cinemas chinesas. "Alguns filmes não teriam apresentado bons resultados de bilheteria sem lançamento na China."

    Tradução de PAULO MIGLIACCI

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