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    Varejo deve perder mais de R$ 10 bi em 2017 por feriados, diz federação

    DA REUTERS
    DO VALOR

    02/01/2017 13h34

    O varejo brasileiro deve ter uma perda de R$ 10,5 bilhões neste ano devido a feriados nacionais que emendam com finais de semana, segundo cálculos divulgados nesta segunda-feira (2) pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).

    Esse montante é 2% superior ao dado projetado em 2016. O aumento deve-se ao fato de que, neste ano, o país terá um feriado prolongado a mais do que no ano passado e um feriado simples em dia de semana a mais.

    O setor de vestuário, tecidos e calçados deve perder cerca de R$ 1,1 bilhão com os feriados e pontes de 2017, 23% a mais do que em 2016.

    O segmento de supermercados deve registrar prejuízos perto de R$ 3 bilhões, 2% acima do calculado para 2016. Já para o setor de farmácias e perfumarias, a entidade prevê perda de R$ 1,6 bilhão, aumento de 7%.

    O segmento de Outras Atividades, em que está incluído o comércio de combustíveis, deve ser o único a registrar uma variação positiva. A queda de vendas provocadas pelos feriados é de R$ 3,9 bilhões este ano, 8% a menos que no ano passado.

    Os cálculos da FecomercioSP desconsideraram os feriados estaduais e municipais, que também prejudicam a atividade comercial.

    Segundo a entidade, após dois anos de forte recessão econômica - com retrações de 3,8% em 2015 e 3,5% esperada para 2016 - o número excessivo de feriados e pontes deveria ser revisto, para promover um aumento na produtividade do varejo.

    Para os estabelecimentos que desejam abrir as portas nos feriados na tentativa de suavizar essas perdas, a Federação alerta para os custos adicionais (100% para trabalhos em feriados adicionados de cerca de 37% de encargos) para a empresa, o que pode inviabilizar essa opção.

    CONFIANÇA

    A entidade divulgou ainda que o índice de confiança dos empresários do comércio da cidade de São Paulo em dezembro teve alta de 1,9% ante novembro, para 97,9 pontos. Em comparação com dezembro de 2015, o índice apontou alta de 32,2% no mês passado.

    O índice varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).

    "Mesmo que ainda haja sinais de um desânimo típico de uma conjuntura de baixo crescimento, há ao mesmo tempo uma percepção de que a crise econômica está lentamente perdendo a força", afirmou a entidade, em comunicado à imprensa.

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