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    Com sucessão na Câmara, Temer decide não ir ao Fórum de Davos

    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    02/01/2017 20h07

    Alan Marques - 22.dez.2016/Folhapress
    Presidente Michel Temer entre os ministros Henrique Meirelles (esq.) e Dyogo Oliveira (dir.)
    Presidente Michel Temer entre os ministros Henrique Meirelles (esq.) e Dyogo Oliveira (dir.)

    Com a aproximação da eleição à sucessão da Câmara dos Deputados, o presidente Michel Temer decidiu não comparecer ao Fórum Econômico de Davos, marcado para os dias 17 a 20 de janeiro.

    O peemedebista mandará como seu representante o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e pediu para a equipe internacional do Palácio do Planalto redigir uma carta de desculpas pela sua ausência para os organizadores do evento mundial.

    A decisão do presidente deve-se ao receio de que o candidato do Palácio do Planalto, o atual presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), seja impedido de disputar a reeleição ao controle da Câmara. Os adversários dele ingressaram com ação no STF (Supremo Tribunal Federal) questionando sua candidatura.

    Oficialmente, Temer tem afirmado que não se envolverá no processo de escolha, mas, nos bastidores, o governo tem articulado a desistência de candidatos adversários e o apoio de siglas à reeleição. Até agora, por exemplo, o Planalto conseguiu convencer o PSDB e o PMDB a apoiarem Maia.

    A reeleição do democrata representa para o presidente a garantia de ter um aliado fiel como vice-presidente do país, uma vez que o cargo é o primeiro na sucessão presidencial, e de não ser aberto um processo de impeachment contra o peemedebista caso novas delações premiadas envolvam o nome dele.

    SUCESSÃO

    Na volta de viagem ao Rio de Janeiro, o presidente reuniu-se nesta segunda-feira (2) com os integrantes da articulação política para discutir a sucessão parlamentar. A estratégia neste momento é demover o PP e o PTB de lançarem candidaturas avulsas.

    Em troca, o governo cogita oferecer aos candidatos desistentes espaço na Esplanada dos Ministérios. A alternativa avaliada pelo presidente é substituir Ricardo Barros por Aguinaldo Ribeiro no Ministério da Saúde e mudar Ronaldo Nogueira por Jovair Arantes no Ministério do Trabalho.

    O peemedebista pretendia marcar para esta semana a primeira reunião ministerial do ano, mas decidiu adiá-la para a semana que vem devido a ausências em Brasília de ministros como Dyogo Oliveira (Planejamento) e Mendonça Filho (Educação).

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