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    Brasil fecha 2016 com fluxo cambial negativo em US$ 4,252 bi, diz BC

    DA REUTERS

    04/01/2017 13h03

    Fernanda Carvalho/Fotos Públicas
    Empresas brasileiras deve adiar abertura de capital por conta das eleições americanas
    Desempenho positivo da conta comercial foi superado pelo deficit na conta financeira

    O Brasil registrou a saída líquida de US$ 4,252 bilhões em 2016, após o resultado positivo apurado no ano anterior, com o desempenho positivo da conta comercial sendo superado pelo deficit da conta financeira.

    O fluxo cambial, entrada e saída de moeda estrangeira do país, havia ficado positivo em US$ 9,414 bilhões em 2015.

    O Banco Central divulgou nesta quarta-feira (4) que a conta comercial registrou superavit de US$ 47,308 bilhões em 2016, quase o dobro do saldo positivo visto no ano anterior. Só em dezembro, o superavit comercial ficou em US$ 7,918 bilhões.

    A melhora do saldo comercial ocorreu sobretudo por causa da queda da importação, resultado da forte recessão enfrentada pela economia brasileira.

    No ano passado, os analistas estimam que o PIB (Produto Interno Bruto) tenha recuado quase 3,50%.

    Já a conta financeira –por onde passam os investimentos estrangeiros diretos, em portfólio e outros– teve deficit de US$ 9,005 bilhões em dezembro, fechando o ano com saldo negativo de US$ 51,562 bilhões, muito acima das perdas líquidas de US$ 16,071 bilhões em 2015.

    Apesar de o Brasil ter perdido mais dólares em 2016, a moeda norte-americana despencou 17,69% sobre o real no período, o maior recuo anual em sete anos. O impeachment da presidente Dilma Rousseff, que gerou otimismo sobre mudança na política econômica, e a expectativa de que a democrata Hillary Clinton ganharia a presidência dos Estados Unidos sustentaram a trajetória de queda do dólar ante o real.

    Mas a cena política brasileira ainda conturbada, com importantes figuras do governo –inclusive o presidente Michel Temer– citadas em delações premiadas da operação Lava Jato, e a surpreendente vitória do republicano Donald Trump na corrida presidencial norte-americana acenderam o sinal de alerta nos mercados para 2017, com expectativa de turbulências à frente.

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