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    Criação de vagas nos EUA fica abaixo do esperado, mas salários avançam

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    06/01/2017 11h52 - Atualizado às 12h25

    Wilfredo Lee/AP Photo
    EUA criaram 161 mil postos de trabalho em outubro e taxa de desemprego caiu para 4,9%
    EUA criaram 156 mil postos de trabalho em dezembro; renda média anual tem maior alta desde 2009

    A criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos aumentou menos do que o esperado em dezembro, mas uma recuperação dos salários indica ímpeto sustentado do mercado de trabalho, o que abre espaço para crescimento mais forte da economia e novos aumentos da taxa de juros do país neste ano.

    Os EUA criaram 156 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês passado, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira (6).

    Pesquisa da Reuters apontava para a criação de 178 mil vagas. Os dados de outubro e novembro foram revisados para mostrar 19 mil vagas a mais do que informado anteriormente. E a economia criou 2,16 milhões de vagas em 2016.

    A renda média por hora aumentou em US$ 0,10, ou 0,4%, beneficiando-se de uma questão de calendário, após cair 0,1% em novembro. Isso impulsionou o aumento na comparação anual do salário médio por hora em 2,9%, a maior alta desde junho 2009, ante 2,5% na comparação anual em novembro.

    A taxa de desemprego atingiu 4,7%, ante a mínima de nove anos de 4,6% em novembro, à medida que mais pessoas entraram na força de trabalho, sinal de confiança no mercado de trabalho.

    O relatório se somou aos dados que abrangem de moradia até indústria e vendas de automóveis, sugerindo que o presidente eleito nos Estados Unidos, Donald Trump, está herdando uma economia forte da administração de Barack Obama.

    Trump, que assume em 20 de janeiro, prometeu aumentar os gastos com a infraestrutura do país, cortar impostos e relaxar regulamentos. Estas medidas devem impulsionar o crescimento neste ano.

    Mas a proposta de política fiscal expansionista poderia aumentar o deficit orçamentário. Isso, junto com o crescimento econômico mais rápido e o mercado de trabalho —que deve chegar ao pleno emprego neste ano—, poderia levantar preocupações de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) possa aumentar ainda mais os juros.

    O Fed elevou sua taxa de juros no mês passado em 0,25 ponto percentual e previu três altas neste ano.

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