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    Queda em reserva estrangeira é 'boa notícia', diz assessor do BC chinês

    DA REUTERS

    09/01/2017 09h46

    Petar Kujundzic/Reuters
    Queda nas reservas estrangeiras da China é boa notícia no longo prazo, segundo assessor do BC
    Queda nas reservas estrangeiras da China é boa notícia no longo prazo, segundo assessor do BC

    A queda nas reservas estrangeiras da China é uma boa notícia no longo prazo, disse o assessor do banco central chinês Fan Gang à Bloomberg News nesta segunda-feira (9), afirmando que o yuan está em um "ponto de virada" depois de ter possivelmente sido sobrevalorizado nos últimos anos.

    As reservas da China caíram US$ 41 bilhões, para US$ 3,011 trilhões em dezembro, registrando o sexto mês consecutivo de quedas segundo dados divulgados no sábado (7), depois de uma semana em que Pequim agiu de forma agressiva para punir as apostas contra a moeda e dificultar a obtenção de dinheiro fora do país.

    Fang disse em entrevista que as medidas do governo para restringir as saídas de capital, que têm alimentado uma depreciação do yuan, são para evitar flutuações rápidas nas reservas, que atingiram a mínima de quase seis anos em dezembro.

    "O yuan talvez tenha estado sobrevalorizado nos últimos três ou quatro anos... chegamos a um ponto de virada. Isso deve ser corrigido", disse Fan.

    "Temos falado sobre a ineficiência de US$ 4 trilhões em reservas externas e o ridículo de um país em desenvolvimento financiar um país desenvolvido", acrescentou Fan.

    O governo não gosta de ver mudanças rápidas nas reservas estrangeiras do país, disse Fan, e embora a China não vá descartar totalmente medidas de controle de capital, é improvável que o país vai intensificá-las.

    A inclusão do yuan na cesta SDR, do FMI (Fundo Monetário Internacional), tornou a moeda chinesa uma moeda internacional, o que significa que a China precisa deter menos reservas estrangeiras para fins de crédito internacional, disse Fan.

    CRESCIMENTO

    No domingo (8), o vice-ministro de Finanças, Zhu Guangyao, afirmou que o país está confiante de ter alcançado um crescimento econômico de 6,7% em 2016, dentro da meta determinada para o ano.

    A economia da China expandiu 6,7% nos três primeiros trimestres do ano passado, e Zhu afirmou estar confiante de que a taxa de crescimento alcançou o mesmo nível ou mais no quarto trimestre de 2016. As declarações de Zhu foram dadas em um fórum da Universidade Tsinghua em Pequim.

    A China que buscava crescimento econômico entre 6,5% e 7% para 2016, aumentou os gastos governamentais, viu uma alta do setor imobiliário e níveis recordes de empréstimo bancário no ano passado, o que entretanto também levou a um forte aumento da dívida.

    Muitos analistas acreditam que o crescimento foi mais baixo do que os dados oficiais sugerem, mas reconhecem que o boom da construção sustentou de forma significativa a economia.

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