A rede de fast food McDonald's, afetada por forte concorrência, anunciou nesta segunda-feira (9) a venda de 80% de suas operações na China e em Hong Kong ao grupo Citic e ao fundo americano Carlyle Group. O valor do negócio é de US$ 2,08 bilhões, informaram as empresas.

A rede vai vender 1.750 restaurantes que possui na China. A transação, que será realizada em dinheiro e em ações, dará origem a uma sociedade que administrará a franquia chinesa, controlada por Citic com 52% dos ativos, à frente do Carlyle, com 28%, e do McDonald's, com 20%.

A nova administradora estará a cargo da rede de fast-food pelos próximos 20 anos, anunciaram as três empresas em um comunicado conjunto.

"Trabalhando juntos vamos conseguir um crescimento mais rápido", afirmou o conselheiro do McDonald's, Steve Easterbrook. Ele aposta no peso financeiro de seus novos sócios para renovar e ampliar a rede.

O Citic, conglomerado controlado pelo estado com atuação nos setores de energia, indústria e imóveis, afirmou que a compra vai aumentar sua presença no setor de consumo "que se tornará o principal motor da economia chinesa nas próximas décadas".

O McDonald's espera abrir 1.500 restaurantes na China nos próximos cinco anos, apoiando-se no rápido crescimento da classe média e na urbanização das cidades médias, onde tem pouca presença.

A venda dos negócios na China faz parte da estratégia internacional do McDonald's para enfrentar a queda das vendas em países como França e Estados Unidos.

No ano passado, o McDonald's já havia anunciado sua intenção de vender cerca de 2.000 estabelecimentos na China, depois que as tensões entre Pequim e Washington pelo mar da China Meridional afetaram suas atividades.

Os negócios da empresa já haviam sofrido um forte impacto em 2014 quando a rede foi envolvida em um escândalo que afetava um de seus fornecedores.