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    Vale sobe mais de 6% e impulsiona Bolsa; dólar fica quase estável

    EULINA OLIVEIRA
    DE SÃO PAULO

    10/01/2017 18h42

    As ações da Vale foram o destaque da Bolsa nesta terça-feira (10). Os papéis PNA da mineradora foram os mais negociados nesta sessão e tiveram alta de 6,29%, a R$ 26,17, enquanto os ON ganharam 7,69%, a R$ 28,54.

    O motivo para a forte alta foi o avanço de mais de 2% do minério de ferro na China, principal mercado da Vale. Também animou os investidores o índice de preços ao produtor da China, que, impulsionado pela maior demanda por matérias-primas, saltou 5,5% em dezembro na comparação com o ano anterior. Foi a maior alta desde setembro de 2011.

    O dado chinês superou as expectativas de analistas consultados pela agência Bloomberg, que esperavam aumento de 4,6% do índice.

    Com a forte valorização dos papéis da Vale, o Ibovespa encerrou o pregão em alta de 0,70%, aos 62.131,80 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,1 bilhões.

    As ações da Petrobras subiram 0,97% (PN) e 1,67% (ON), apesar da queda do petróleo no mercado internacional. Analistas consideraram positiva a captação externa de US$ 4 bilhões realizada na véspera pela estatal, com o alongamento de sua dívida.

    No setor financeiro, Itaú Unibanco PN caiu 0,33%; Bradesco PN e ON ficaram estáveis; Banco do Brasil ON subiu 1,36%; Santander unit caiu 0,16% e BM&FBovespa ON, +1,87%.

    As maiores quedas do Ibovespa foram lideradas por Cielo ON, com -3,34%.

    CÂMBIO E JUROS

    O dólar terminou a sessão praticamente estável ante o real. A moeda americana à vista caiu 0,01%, a R$ 3,1979, enquanto o dólar comercial subiu 0,03%, a R$ 3,1990.

    Para Cleber Alessie, operador de câmbio da corretora H.Commcor, os investidores preferiram a cautela, aguardando os eventos desta quarta-feira (11). "Teremos amanhã o IPCA de dezembro, que pode recalibrar as apostas para o corte da taxa básica dos juros, a decisão do Copom à noite e, no cenário externo, a fala de Trump", afirma.

    O presidente eleito dos EUA, Donald Trump dará uma entrevista coletiva, e os investidores aguardam indicações de como será o seu governo. As expectativas são de que o republicano eleve os gastos públicos, aquecendo a economia e acelerando a inflação, o que levaria a uma alta mais rápida dos juros americanos.

    O mercado de juros futuros negociados na BM&FBovespa fechou em queda, refletindo as estimativas de um corte de pelo menos 0,50 ponto percentual taxa básica de juros nesta quarta-feira. Atualmente, a taxa está em 13,75% ao ano.

    O contrato de DI para janeiro de 2018 recuou de 11,365% para 11,330%; o DI para janeiro de 2021 caiu de 11,190% para 11,100%; e o DI para janeiro de 2026 cedeu de 11,510% para 11,400%.

    Se o IPCA de dezembro vier abaixo do esperado, as apostas de redução de 0,75 ponto percentual da Selic devem ganhar mais força, e os juros futuros devem cair ainda mais. As projeções de analistas consultados pela Bloomberg são de que o índice oficial de inflação tenha ficado em 0,34% em dezembro e em 6,34% em 2016.

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