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    Após ser alvo de críticas, Facebook lança projeto contra notícia falsa

    DE SÃO PAULO

    12/01/2017 02h00

    Dado Ruvic - 14.ago.2013/Reuters
    A man is silhouetted against a video screen with an Facebook logo as he poses with an Samsung smartphone in this photo illustration taken in the central Bosnian town of Zenica in a file photo taken August 14, 2013. Facebook Inc will buy fast-growing mobile-messaging startup WhatsApp for $19 billion in cash and stock, as the world's largest social network looks for ways to boost its popularity, especially among a younger crowd. REUTERS/Dado Ruvic/Files (BOSNIA AND HERZEGOVINA - Tags: BUSINESS TELECOMS) ORG XMIT: TOR903
    Silhueta de homem acessando rede social pelo celular

    Após ser alvo de críticas de leniência com a propagação de notícias falsas, o Facebook anunciou nesta quarta (11) seu "Projeto Jornalismo".

    Com a iniciativa, a empresa pretende "melhorar o discernimento de notícias críveis", disse a diretora de produto do Facebook, Fidji Simo, em comunicado.

    O primeiro passo, porém, é tímido: serão feitos anúncios para "informar as pessoas da importância do tema" em parceria com o "News Literacy Project".

    No longo prazo, a ideia é apoiar –inclusive financeiramente– organizações de mídia que trabalhem na área.

    "Como parte do nosso serviço, nos importamos muito em assegurar que um ecossistema saudável de notícias e o jornalismo possam se desenvolver", disse Simo.

    O lançamento ocorreu menos de uma semana depois de a companhia anunciar a contratação da ex-repórter da CNN e âncora Campbell Brown para liderar a equipe de parcerias de notícias.

    Em dezembro, o vice-presidente do Feed de Notícias do Facebook, Adam Mosseri, já havia anunciado ter fechado, num primeiro momento, parcerias com os serviços de checagem da ABC, da Associated Press, do FactCheck, do Snopes e do PolitiFact (vencedor do Pulitzer).

    Eles vão checar a veracidade da publicação que for sinalizada ("flagged") como notícia falsa pelos usuários. Críticos afirmam que esse tipo de material influenciou a vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais americanas.

    Também em dezembro, o instituto Pew divulgou que, em pesquisa feita entre os dias 1º e 4, 64% dos americanos disseram que notícias falsas causaram "muita confusão sobre os fatos básicos dos acontecimentos correntes".

    Um em cada quatro americanos (23%) disseram ter compartilhado notícia falsa –14% afirmaram que o fizeram mesmo sabendo era inverídica.

    "Esse problema é muito maior do que qualquer plataforma, e é importante para todos nós trabalharmos juntos para minimizar o alcance desse tipo de conteúdo", afirmou Simo no comunicado.

    NOVAS FERRAMENTAS

    A empresa também pretende investir mais nos produtos voltados a veículos de mídia, como a ferramenta Instant Articles, que permite a publicação de notícias diretamente no Facebook.

    Um projeto-piloto feito em parceria com dez veículos, entre eles o jornal "Washington Post" e o site "BuzzFeed", vai permitir a publicação de pacotes de Instant Articles em uma única postagem.

    A ferramenta poderá ser usada pelos veículos para oferecer conteúdo gratuitamente por um período limitado, com o objetivo de conseguir novas assinaturas.

    A inserção de anúncios em vídeos gravados e sua ampliação em transmissões ao vivo são outras tentativas do Facebook de capitalizar o uso da plataforma por empresas de comunicação.

    Uma ideia "ainda bastante embrionária", nas palavras da empresa, é o fomento a mídias locais e independentes. Num primeiro momento, a rede pretende oferecer em parceria com escolas de jornalismo cursos on-line sobre ferramentas e serviços do site.

    No mesmo dia, o Facebook também anunciou que o uso da ferramenta CrowdTangle, voltada para análise de performance de conteúdo em redes sociais, será gratuito para seus parceiros de mídia.

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