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    Governo quer antecipar para o 1º semestre leilão no pré-sal

    JULIO WIZIACK
    DE BRASÍLIA

    13/01/2017 02h00

    Petrobrás/Divulgação
    Governo antecipará leilão de quatro blocos de petróleo do pré-sal para o primeiro semestre deste ano
    Governo antecipará leilão de quatro blocos de petróleo do pré-sal para o primeiro semestre deste ano

    O governo antecipará o leilão de quatro blocos de petróleo do pré-sal para o primeiro semestre deste ano na expectativa de arrecadar R$ 3 bilhões só com essas áreas. É o que afirmou o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, nesta quinta-feira (12).

    O valor, segundo o ministro, corresponde ao lance mínimo esperado pelo governo para os blocos de Gato do Mato, Carcará, Tartaruga Verde e Sapinhoá.

    É possível que a arrecadação chegue a R$ 3,5 bilhões dependendo do interesse de operadores que hoje já exploram áreas contíguas e que poderiam ser "juntadas". Isso pode aumentar o grau de disputa pelos blocos.

    No fim do ano passado, a previsão era leiloar esses quatro blocos até setembro de 2017, ao lado de outros 291 que não fazem parte do pré-sal e se espalham entre Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

    De acordo com o ministro, a expectativa de arrecadação com a venda do direito de exploração de todos esses blocos é de até R$ 4,5 bilhões. Os blocos do pré-sal representam 67% do total dos recursos, que já estão previstos no Orçamento da União deste ano.

    A antecipação da venda dos blocos do pré-sal tem dois motivos. De acordo com o ministro, o governo quer aproveitar a melhora do cenário macroeconômico (juros e inflação em queda) e o interesse de investidores estrangeiros. Ou seja: o governo quer antecipar os investimentos, o que pode render pontos positivos para a imagem do governo do presidente Michel Temer.

    PETROBRAS

    A venda dos quatro blocos faz parte de uma diretriz aprovada no final do ano passado pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) e, de acordo com elas, esses blocos podem, depois, ser "somados" a blocos em que grupos estrangeiros já exploram petróleo. São as chamadas áreas "unitizáveis".

    A produção, nesses blocos, é sob o regime de partilha. Ou seja: a empresa vencedora do leilão explora a área, mas precisa pagar royalties por isso.

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