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    França investiga Renault por suspeitas de fraude em emissões poluentes

    DA AFP

    13/01/2017 11h01

    Loic Venance/AFP
    Montadora Renault é acusada de adulterar dispositivos para controle de emissões poluentes
    Montadora Renault é acusada de adulterar dispositivos para controle de emissões poluentes

    Três juízes de instrução franceses investigarão os dispositivos utilizados pela montadora Renault para controlar as emissões poluentes de seus veículos a diesel, informou nesta sexta-feira (13) a procuradoria de Paris.

    A procuradoria ordenou em 12 de janeiro a abertura dessa investigação judicial por "fraude".

    Com isso, os títulos da Renault na Bolsa, no início da sessão, sofreram uma queda de 3,63%, depois de abrir em alta de 1,08%.

    Na véspera, a Fiat Chrysler foi acusada pelas autoridades americanas de ter adulterado os motores de 104 mil de seus veículos a diesel nos Estados Unidos para minimizar o nível real das emissões poluentes, utilizando um estratagema similar ao empregado pela Volkswagen.

    O grupo ítalo-americano teria instalado em seus modelos Jeep Cherokee e em suas caminhonetes picapes Dodge Ram 500, fabricadas entre 2014 e 2016, programas que falsificam resultados dos controles anti-poluentes para fazê-los passar como mais "verdes", assegurou a Agência de Proteção do Meio Ambiente dos Estados Unidos (EPA).

    "O fato de dissimular um programa que afeta as emissões em um motor constitui uma grave violação da lei que pode traduzir-se em uma poluição nefasta do ar que respiramos", comentou Cynthia Giles, uma das funcionárias da EPA em um comunicado.

    Segundo a agência, os veículos envolvidos expeliram muito óxido de nitrogênio (NoX), um gás ao qual são atribuídas diversos problemas respiratórios.

    O grupo Fiat Chrysler US negou as acusações em um comunicado.

    "A FCA US espera com impaciência demostrar (...) que sua estratégia de controle de emissões está corretamente justificada e não se assemelha a um 'programa manipulador'", afirmou o grupo em comunicado, acrescentando que pretende se explicar à "futura administração" americana.

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