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    Com queda da Selic, consumidor tem janela para renegociar empréstimos

    TÁSSIA KASTNER
    DE SÃO PAULO

    16/01/2017 02h00

    Joel Silva/ Folhapress
    SAO PAULO, SP BRASIL- 10-11- 2015 : Consumidores dentro de denda para renegocia dividas. no Memorial da America Latina, ABoa Vista SCPC realiza a partir desta terça-feira um grande mutirão de negociação das dívidas "Acertando suas Contas". ( Foto: Joel Silva/ Folhapress ) ***MERCADO *** ( ***EXCLUSIVO FOLHA***)
    Consumidores em "feirão limpa nome", para renegociação de dívidas, em São Paulo (SP)

    O ano começou com um sinal de alívio para devedores. A queda da taxa básica de juros (Selic) de 13,75% para 13% ao ano levou grandes bancos brasileiros a anunciar a redução no custo do crédito para correntistas.

    Segundo especialistas, agora é a janela para renegociar dívidas contraídas nos últimos anos, quando o juro ultrapassava os 14% ao ano e não havia sinal de retomada da economia no horizonte.

    "Uma renegociação agora pode valer a pena. Nos últimos dois anos, os bancos aumentaram o custo do dinheiro para compensar a retração no crédito", afirma José Faria Júnior, planejador financeiro certificado pela Planejar, Associação Brasileira de Planejadores Financeiros.

    A Folha projetou a economia de uma pessoa que tem crédito pessoal contratado em um dos grandes bancos brasileiros antes e depois da redução das taxas máximas.

    Apesar da possibilidade de reduzir o custo da dívida existente, os juros máximos no empréstimo pessoal ainda são elevados quando comparados a outras linhas, como o consignado (cujas taxas rondam os 30% ao ano).

    Mais caros ainda são o cheque especial e o rotativo do cartão (330% e 480% ao ano). Os bancos também repassaram a queda da Selic para essas linhas, que têm as maiores taxas do mercado. Esse tipo de empréstimo, porém, é emergencial e sempre será uma dívida cara.

    Antes de fechar uma renegociação com o banco, o consumidor deve pesquisar nos concorrentes, em busca de custos menores.

    Depois da primeira roda- da de renegociações, Faria Júnior recomenda, ainda, um segundo acordo no segundo semestre, quando, espera-se, a economia estará em recuperação. Isso porque a expectativa de retomada e os primeiros sinais de estabilização do desemprego podem reduzir o risco de inadimplência. E esse deverá ser o segundo motor de queda de juros ao consumidor.

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