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    Investidor ainda pode proteger aplicação antes de taxa cair mais

    TÁSSIA KASTNER
    DE SÃO PAULO

    16/01/2017 02h00

    USP Imagens
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    Com queda dos juros, investidor deve proteger seu dinheiro contra ganhos menos polpudos

    A era do investimento sem esforço está ficando para trás com a queda firme da Selic, afirmam especialistas.

    Na semana passada, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros da economia de 13,75% para 13% ao ano, e a expectativa é que ela termine 2017 perto dos 10%.

    Com orientação do planejador financeiro José Faria Júnior, a Folha simulou como ficariam os rendimentos de aplicações pós-fixadas, como CDBs de grandes bancos e títulos públicos, com juros ao redor dos 11,5%, e comparou com a rentabilidade esperada antes de outubro, quando o Banco Central iniciou o ciclo de corte na taxa básica de juros.

    Mas ainda há uma janela para quem quiser garantir ganhos polpudos antes que a Selic recue mais.

    "O investidor tem um tempo para começar a ir atrás para proteger o dinheiro", diz Michael Viriato, professor de finanças do Insper.

    A recomendação de Viriato é migrar pouco a pouco uma parcela maior dos recursos para produtos atrelados à inflação ou prefixados.

    Eles são mais arriscados que CDBs ou o Tesouro Selic porque o investidor pode perder dinheiro se precisar resgatar a aplicação antes do vencimento.

    Editoria de arte/Folhapress
    DINHEIRO MINGUADOInvestimentos rendem menos com queda da taxa de juros

    A vantagem é a possibilidade de garantir uma rentabilidade maior.

    O título público Tesouro IPCA+, por exemplo, ainda oferece remuneração ao redor de 5,5% ao ano mais a variação da inflação, rendimento considerado atrativo. Também é possível buscar CDBs de bancos médios que ofereçam uma taxa de juros mais a inflação.

    O mercado ainda dispõe alguns títulos com remuneração acima de 7%.

    MAIS RISCOS

    Viriato e Faria Júnior afirmam que investidores precisarão aumentar a disposição de correr riscos mais para a frente se quiserem manter os rendimentos da era das taxas de juros elevados.

    Os primeiros passos rumo ao risco maior podem ser dados por meio de fundos, que permitem diversificação. Fundos de ações que pagam dividendos e de debêntures estão entre as sugestões.

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