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    0,75 ponto é novo ritmo de corte nos juros, diz presidente do BC

    MARIA CRISTINA FRIAS
    ENVIADA ESPECIAL A DAVOS

    18/01/2017 22h57

    Alan Marques/Folhapress
    Presidente do BC, Ilan Goldfajn, rejeita usar bancos públicos para baratear crédito no Brasil
    O presidente do BC, Ilan Goldfajn

    O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse que a redução de 0,75 ponto percentual nos juros, anunciada na semana passada, deve se repetir nas próximas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária).

    "Entramos em um novo ritmo, de 0,75 ponto percentual", disse Ilan, que participa em Davos (Suíça) do Fórum Econômico Mundial.

    A magnitude do corte surpreendeu a maior parte do mercado financeiro, que esperava uma queda de 0,5 ponto percentual nos juros, depois de duas reduções de 0,25 ponto cada uma nas duas últimas reuniões do Copom de 2016. A Selic está em 13% ao ano.

    O presidente do BC afirmou que a inflação no Brasil está caminhando para a meta e que a redução dos juros pode contribuir para o crescimento do país. Ilan enfatizou, no entanto, a necessidade de aprovação de reformas e de investimentos em infraestrutura para que a economia se recupere.

    Ilan também disse afirmou não estar preocupado com o dólar ou com a elevação de juros nos EUA pelo Fed (banco central norte-americano).

    "É uma normalização, é parte do processo. Vemos como sendo normal e que deve ser gradual. Não é má notícia, é uma boa notícia", frisou Ilan.

    O presidente do BC lembrou que, apesar de o câmbio ser flutuante, a autoridade monetária dispõe, se necessário, de instrumentos, como swaps e reservas. "Usamos para prover liquidez em momento de estresse."

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