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    Varejo em SP prevê faturamento estagnado e retomada lenta

    FERNANDA PERRIN
    DE SÃO PAULO

    26/01/2017 02h00

    O varejo paulistano aposta que 2017 será que o ano em que o faturamento do setor vai parar de cair, mas a recuperação vai ser lenta.

    A Federação de Comércio de São Paulo calcula que o setor vá faturar R$ 181 bilhões neste ano, cifra equivalente à obtida no ano passado.

    "Pelo menos paramos de cair. A partir de agora, vai ser uma evolução muito lenta", diz Guilherme Dietze, economista da entidade.

    A estabilização da inflação e a redução da taxa básica de juros pelo Banco Central são os sinais que animam o setor, na expectativa de que os bancos voltem a liberar crédito, impulsionando o consumo.

    Esses efeitos, contudo, devem começar a ser sentidos apenas no segundo semestre. "No curto prazo, o impacto é mínimo. Por mais que você reduza os juros do cartão de crédito de 480% ao ano para 400%, esse patamar ainda é muito alto", afirma.

    Os juros altos e a escassez de crédito afetam sobretudo o comércio de bens de consumo duráveis, como automóveis, cuja compra em geral exige financiamento. Esse segmento deve ser o último a se recuperar, prevê a Fecomercio.

    Na outra ponta, os segmentos de farmácia e perfumaria e supermercados devem manter o desempenho positivo registrado, mesmo durante a recessão econômica.

    "Estamos voltando cinco ou seis anos do patamar de vendas", diz Dietze.

    DESEMPREGO

    O que trava uma retomada mais robusta no setor de comércio e serviços é a crise no mercado de trabalho.

    A taxa de desemprego do país, atualmente em 11,9%, deve se aproximar dos 13% neste ano, segundo analistas.

    Dietze espera que o varejo em São Paulo volte a contratar neste ano, mas que o número deverá ser fraco.

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