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Streaming de música Spotify em iPhone da Apple |
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Mercado
Thursday, 28-Mar-2024 13:38:58 -03Spotify e Apple Music alimentam reviravolta de grandes gravadoras
DO "FINANCIAL TIMES"
30/01/2017 02h00
Depois de mais de uma década de queda nas vendas de álbuns e de perdas de receita diante da pirataria digital, as maiores gravadoras do planeta agora preveem um futuro melhor, graças a uma nova forma de desordenamento tecnológico: o streaming.
Devido ao avanço do Spotify e da Apple Music, a receita dos serviços de "streaming on demand" cresceu com força suficiente para compensar o declínio das vendas de música em mídias físicas para as três grandes gravadoras globais —a Warner Music teve a maior alta de seu faturamento em oito anos.
O setor musical dos EUA está a caminho de dois anos consecutivos de crescimento pela primeira vez desde o final dos anos 90, antes que a pirataria e a internet corroessem suas vendas.
Um executivo de gravadora afirmou que o clima mudou nos últimos meses e que "muita gente sente que enfim superamos a crise".
O otimismo surge em um momento no qual os serviços de streaming se tornaram uma corrida entre dois grandes rivais, Spotify e Apple.
Amazon, Pandora e iHeartMedia lançaram serviços de streaming pago em 2016, criando novos concorrentes em um mercado que já conta com Deezer, SoundCloud, Tidal e Google Play.
Os executivos esperam que os recém-chegados, como a Amazon, criem uma onda de adesão aos serviços de streaming, levando-os além dos entusiastas da música.
"Agora que o streaming está firmemente estabelecido como nossa maior fonte de receita, nosso foco é encontrar maneiras de acelerar a adoção desses serviços pelo público geral", disse Stephen Cooper, presidente-executivo do Warner Music Group.
A Warner, a terceira maior companhia no ramo da música, se tornou, em 2016, a primeira grande gravadora a divulgar que o streaming se tornou sua maior fonte de renda, ultrapassando as vendas de formatos físicos como os CDs e o vinil.
A receita da Warner com streaming cresceu em 55% no seu ano fiscal e está se aproximando da marca de US$ 1 bilhão ao ano, mais que o dobro do faturamento que ela registra com downloads digitais, disse Cooper.
A receita total do setor de música nos Estados Unidos cresceu em 8%, para US$ 3,4 bilhões no primeiro semestre de 2016, segundo a associação fonográfica americana.
O crescimento do streaming levou analistas do banco Macquarie a prever que a receita mundial do setor de música gravada dobrará na próxima década, chegando aos US$ 30 bilhões em 2025.
AMEAÇA
Mas a aparente recuperação da música está sendo ameaçada por uma feroz disputa de poder entre o setor e plataformas como o YouTube e o Facebook, que oferecem música gratuitamente.
O YouTube se tornou a maior plataforma de streaming musical do planeta, atraindo mais ouvintes do que Spotify e Apple combinados.
O setor de música decidiu agir contra o YouTube em 2016, argumentando que a plataforma explora as leis de direitos autorais a fim de pagar royalties menores pelo conteúdo que veicula.
O YouTube divide a receita publicitária dos vídeos que exibe com os artistas e as gravadoras. No entanto, o setor musical viu uma queda no valor desses pagamentos comparados ao faturamento que obtém via streaming, porque os preços dos anúncios no serviço caíram.
Tradução de Paulo Migliacci
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