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    Previdência

    Texto da Previdência pode melhorar, diz indicado para presidir comissão

    LAÍS ALEGRETTI
    DE BRASÍLIA

    07/02/2017 17h16

    Divulgação
    Carlos Marun (PMDB-MS)
    Carlos Marun (PMDB-MS)

    O deputado indicado para presidir a comissão especial que analisará a proposta de reforma da Previdência, Carlos Marun (PMDB-MS), afirmou nesta terça-feira (7) que o texto do governo "pode ser aprimorado", mas defendeu a idade mínima de 65 anos para aposentadoria como regra geral.

    "Eu não tenho, a princípio, antipatia com idade de 65 anos. Talvez possamos analisar alguns setores, alguns segmentos, em que a força física seja mais necessária para exercício da profissão ou expectativa de vida daquele tipo de atividade seja menor que a média", disse.

    Após a criação da comissão, na tarde desta terça, Marun afirmou acreditar que a proposta será aprovada pela Câmara até "fim de abril ou início de maio" e terá a tramitação concluída no Congresso até o fim do primeiro semestre.

    "Vamos ter que ter uma dedicação quase que exclusiva a esse tema. É uma vida que mexe com a vida de milhões de brasileiros. [...] Isso vai permitir que sejamos rápidos, mas não inconsequentes", afirmou, após reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária.

    O secretário de Previdência, Marcelo Caetano, participou do encontro com a bancada ruralista e disse, ao sair, que a intenção do governo é manter a proposta a mais "fiel" possível ao projeto original.

    Caetano, que chegou a prever a aprovação da proposta para setembro, afirmou nesta terça que "há uma probabilidade alta de aprovação no primeiro semestre".

    Deputados que participaram do encontro reclamaram de a proposta colocar as mesmas regras —como idade mínima de 65 anos e tempo mínimo de contribuição de 25 anos— para trabalhadores urbanos e rurais.

    Questionado sobre o assunto, Caetano disse que "um dos grandes nortes da reforma é buscar um tratamento igualitário".

    O deputado Zé Silva (SD-MG) afirmou que apresentará uma emenda para estabelecer idade mínima de 55 anos (mulher) e 60 (homem), além de um tempo de contribuição de 15 anos, para os trabalhadores rurais.

    O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), disse que, "com certeza absoluta", a proposta será alterada.

    "O governo pretende primeiro aprovar para depois debater. Nós temos que segurar isso na velocidade que seja coerente", disse.

    Um ponto que incomoda o setor é a retirada, por meio da PEC, da isenção da contribuição previdenciária sobre receitas decorrentes de exportação do agronegócio.

    O governo quer acabar com esse benefício, que em 2016 representou uma renúncia de R$ 7,2 bilhões.

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